Asteróide passa "a rasar" a Terra dentro de duas semanas
"É já no próximo dia 15 de Fevereiro que o asteróide de 45 metros de diâmetro vai passar a "apenas" 35,8 mil quilómetros da Terra. Não há risco de colisão com o nosso Planeta. Descoberto pelo observatório La Sagra, em Espanha, o asteróide, baptizado como 2012 DA14, deverá passar mais próximo do nosso planeta quando forem 19h26 do dia 15, sexta-feira, mas, avisa a NASA, impossível de observar a olho nu.
Cerca de quatro minutos depois desta aproximação, o asteróide deverá passar na zona de sombra da terra, onde permanecerá durante cerca de 18 minutos, antes de reaparecer.
Apesar dos "curtos" quilómetros de distância a que passará pela Terra, os cientistas descartam qualquer perigo de colisão do 2012 DA14: a hipótese é de menos de um num milhão. Menos seguros estão, no entanto, os satélites de comunicação.
A NASA diz que esta será a maior aproximação de um objecto destas dimensões ao planeta, desde que começou o seu programa de monitorização, chamado Near Earth Object Program.
"Trata-se de uma aproximação recorde", disse Don Yeomans do Near Earth Object Program, da NASA, citado num comunicado de imprensa da agência espacial americana. "Desde que começámos a observação regular do céu nos anos 90, nunca vimos um objecto tão grande tão perto da Terra". O 2012 DA14 é provavelmente constituído por rocha e, segundo Yeomans, um asteróide destas dimensões passa perto da Terra cada 40 anos, mas choca com o planeta apenas uma vez em cada 1200 anos.
Cratera causada pelo meteoro Barringer ● Deserto do Arizona |
O impacto de um asteróide de 50 metros não causa um cataclismo, mas terá sido um objecto destas dimensões, constituído por ferro, a formar a famosa cratera Meteor, no Arizona, há 50 mil anos. Também em 1908, um asteróide do tamanho do 2012 DA14 terá caído na Sibéria, arrasando centenas de quilómetros quadrados de floresta. Ainda hoje os investigadores estudam o chamado "episódio de Tunguska" para tentar conhecer melhor o objecto que o provocou.
A passagem do 2012 DA14 acontecerá numa altitude intermédia entre os satélites geoestacionários (que se encontram a 35 mil quilómetros da Terra) e muitos satélites de observação do planeta (até 2000 quilómetros). Apesar de cruzar a órbita dos satélites geoestacionários, "a possibilidade do impacto com um satélite é extremamente remota", garante Yeomans.
O radar Goldstone da NASA, situado no deserto do Mojave, vai seguir o 2012 DA14 entre 16 e 20 de Fevereiro. A ideia é prever melhor futuros encontros com esta asteróide e também estudar as suas características, devendo produzir um mapa a três dimensões desta rocha espacial. Segundo explica a NASA, nas horas de maior aproximação, o asteróide brilhará como uma estrela de oitava magnitude (não visível a olho nu) e deslocar-se-á a grande velocidade (duas vezes o diâmetro da lua cheia por minuto), o que dificultará a sua detecção por pessoas menos experientes." Fonte: Visão, RTP
Confira a rota do 2012 DA14:
Sem comentários:
Enviar um comentário