O livro digital não triunfará para Milan
Kundera
Perante os mecenas da Biblioteca Nacional, em Junho passado, Milan Kundera explicou por que se opunha à digitalização da sua obra.
Milan
Kundera: " Eu acrescento a todos os meus contratos uma cláusula estipulando que os meus romances apenas podem ser publicados sob a forma tradicional do livro."
Milan Kundera ficará fiel ao papel contra tudo e contra todos. " Parece-me que o tempo , impiedosamente, prossegue a sua marcha e começa a colocar os livros em perigo." explicou o autor da " Insustentável leveza do ser", em 11 de Junho, quando da entrega do Prémio da BnF 2012 pelo conjunto da sua obra. Foi o seu amigo Alain Finkielkraut que recentemente leu, no microfone da France Culture, excertos do seu discurso : " É por causa desta angústia que, há vários anos, eu incluo em todos os meus contratos por todo o mundo, uma cláusula que obriga a publicação dos meus romances apenas na forma tradicional do livro. Para que se leiam unicamente em papel e não num monitor."
(...)Um discurso que recorda traço por traço o de Frédéric Beigbeder. Convidado pela Europe 1, em Setembro de 2011, prometia perseguir duramente quem publicasse em digital qualquer parte da sua última obra , Premier bilan avant l'apocalypse. "Se o livro digital triunfar, isso significa o encerramento das livrarias, das bibliotecas, o desaparecimento de muitas profissões tais como a de Editor, a apresentação das obras e respectivas sessões de autógrafos, uma série de coisas muito agradáveis", explicou no encontro com François Bon pour LEXPRESS.fr. E a concluir: " É necessário lutar para retardar o momento do desaparecimento do livro."
(...)Um discurso que recorda traço por traço o de Frédéric Beigbeder. Convidado pela Europe 1, em Setembro de 2011, prometia perseguir duramente quem publicasse em digital qualquer parte da sua última obra , Premier bilan avant l'apocalypse. "Se o livro digital triunfar, isso significa o encerramento das livrarias, das bibliotecas, o desaparecimento de muitas profissões tais como a de Editor, a apresentação das obras e respectivas sessões de autógrafos, uma série de coisas muito agradáveis", explicou no encontro com François Bon pour LEXPRESS.fr. E a concluir: " É necessário lutar para retardar o momento do desaparecimento do livro."
L'EXPRESS.fr , em 19/07/2012
Sem me dar ares de profeta, direi (convencido) que o livro não morrerá! Nunca!... A tecnologia avançará e ainda bem que avança. Todavia, o livro será - já é... - diferentemente lido como sempre o foi ou através das tecnologias modernas. Um amigo, um companheiro em qauqluer parte, em qualquer condição.
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