29ª edição do Jazz em Agosto
Começa amanhã a 29ª edição do Jazz em Agosto com Sunny Murray, o lendário baterista de free jazz.
Neste primeiro fim de semana, o anfiteatro ao ar livre recebe o quinteto britânico Led Bib e ainda Misha Mengelberg e Evan Parker. Pelo segundo ano consecutivo, o Jazz estende-se ao Teatro do Bairro para três concertos experimentais.
Começa amanhã a 29ª edição do Jazz em Agosto com Sunny Murray, o lendário baterista de free jazz.
Neste primeiro fim de semana, o anfiteatro ao ar livre recebe o quinteto britânico Led Bib e ainda Misha Mengelberg e Evan Parker. Pelo segundo ano consecutivo, o Jazz estende-se ao Teatro do Bairro para três concertos experimentais.
O outro lado do jazz
Um olhar
perscrutador sobre os múltiplos caminhos do jazz no Presente, na sua
diversidade menos convencional, marca a 29ª edição do Jazz em Agosto que
prossegue a visão de historiar uma atualidade cheia de clivagens contudo
fascinante.
No Anfiteatro
ao Ar Livre, palco principal, iniciando a sequência, Sunny Murray, o primeiro
baterista do freejazz e também primeiro companheiro de Cecil Taylor e Albert
Ayler, renova a identidade no trio que cultiva há dez anos com acólitos ideais,
os britânicos John Edwards e Tony Bevan. A nova geração do jazz britânico,
evidenciando energia, consubstancia no quinteto Led Bib uma contagiante
combinação de mundos musicais paralelos. No encontro de Misha Mengelberg e Evan
Parker, em pessoalíssimo diálogo, a sua estatura de criadores de linguagem
augura os melhores presságios. Matthew Shipp em novo trio atinge uma decisiva
dimensão de criatividade em simbiose com Michael Bisio e Whit Dickey. Em mais
uma fórmula de duo e noutro diálogo muito pessoal, Marilyn Crispell e Gerry Hemingway
revelam profundas sensibilidades em poderosas e/ou delicadas conjunções. O
sexteto de Chicago de Ingebrigt Håker Flaten em ponte norte-atlântica é uma
forte expressão coletiva onde, num escol de músicos, brilham individualidades.
No Teatro do
Bairro, palco ideal para formações desalinhadas sucedem-se três concertos
duplos: o recente grupo português de música improvisada Nuova Camerata onde se
destacam Pedro Carneiro e Carlos Zíngaro, o britânico trioVD, exaltante na sua
intenção sónica e o Trio Das Kapital em coligação com o universo combativo de
Hanns Eisler. Em 2ª parte de cada concerto, três reputados e diferenciados
turntablists exercem peculiares estéticas experimentais: o português Marcos
Farrajota aka unDJMMMNNNRRRG, o francês eRikm e o japonês Takuro Mizita Lippit
aka DJ Sniff.
No Auditório
3, quatro filmes documentais e uma conferência unificam o festival: Sunny’s
Time Now de Antoine Prum, Soldier of the Road - Peter Brötzmann de Bernard
Josse e Gérard Rouy, Inside Out in the Open de Alan Roth e City of the Winds de
Gilles Corre. O crítico britânico Brian Morton, co-autor do Penguin Guide of
Jazz na conferência Jazz criticism: an open verdict argumentará sobre o papel
da crítica atual do jazz.
Bem-vindos ao
Jazz em Agosto 2012, o outro lado do jazz.
Rui Neves
Director Artístico do Jazz em Agosto
Uma exposição singular que remete para o diálogo que a arte e o livro travam há
séculos.
Organizada pelo Museu, em colaboração com a Biblioteca de Arte e com curadoria
de Paulo Pires do Vale, confrontam-se livros iluminados medievais com livros de
artista contemporâneos, livros seiscentistas são exibidos junto a livros
conceptuais do século XX e livros de horas surgem em diálogo com livros
futuristas e de poesia visual.
>> Ver mais
A Orquestra Gulbenkian grava novo disco
A Orquestra Gulbenkian
encerrou a temporada
11/12 com a gravação de concertos para violino de Korngold, Bruch e
Chausson, com a solista Arabella Steinbacher.
Brevemente sairá o disco na editora holandesa Pentatone.
Herta Muller em Lisboa
A convite da
Dom Quixote e do Goethe-Institut, Herta Müller, vencedora do Nobel da Literatura
em 2009, vai estar em Lisboa,para apresentar o romance Já Então a Raposa Era o Caçador, que sai a 10 de Setembro.
Sinopse:«Neste
romance, Já Então a Raposa era o Caçador,
a escritora recria o ambiente opressivo e angustiante, durante os últimos dias
do regime totalitário de Nicolae Ceaucescu. A acção decorre num subúrbio na
Roménia e a história gira em torno da professora Adina e a sua amiga Clara, uma
operária fabril que se apaixona por um agente da polícia secreta. Quando o
agente manda vigiar o grupo de músicos do qual Adina faz parte, a amizade entre
as duas mulheres desfaz-se. É então que, em casa de Adina, aparece uma pele de
raposa que progressivamente vai sendo mutilada e a professora sabe que está a
ser ameaçada pela polícia secreta romena.»
“A Vida Não É Aqui,” de Milan Kundera
A Dom Quixote
reedita a 31 de Agosto A Vida Não É Aqui, de Milan Kundera com
a capa do próprio escritor que foi galardoada com o Prémio Médicis.
Sinopse: «Milan Kundera chegou a pensar dar a
este romance o título A Idade Lírica. A idade lírica, segundo ele, é a
juventude, e este romance é, acima de tudo, uma epopeia da adolescência, uma
epopeia irónica que corrói ternamente valores sagrados: a infância, a
maternidade, a revolução e, até mesmo, a poesia. Com efeito, Jaromil é poeta.
Foi a sua mãe que o fez poeta, e é ela que o acompanha (figurativamente) aos seus
leitos de amor e (literalmente) ao seu leito de morte.
Personagem ridícula e comovente, horrível e de uma inocência total (“a
inocência com o seu sorriso sangrento”!), Jaromil é, ao mesmo tempo, um
verdadeiro poeta. Não é um canalha, é Rimbaud. Rimbaud apanhado na armadilha da
revolução comunista, na armadilha de uma farsa negra.»
Novo romance de Miguel Real
“O Feitiço da Índia”, que será editado pela Dom Quixote sai a 27 de Agosto.
Sinopse: «O Feitiço da Índia narra a história
de três homens:
José Martins, o primeiro português a tocar solo indiano, ido como degredado na
armada de Vasco da Gama. Casado em Alfama com a moura Rosa, apaixonou-se por
Rhema em Cochim, casou-se de novo e morreu em Goa, enfeitiçado pela Índia;
Augusto Martins, o único português (não luso-indiano) a permanecer em
território de Goa após a invasão das tropas da União Indiana em 18 de Dezembro
de 1961. Casado em Lisboa com a mulher-a-dias Rosa, apaixonou-se em Salcete
pela menina Rhema, filha de um brâmane, gerando Sumitha, morrendo em Goa
enfeitiçado pela Índia;
A história do narrador, descendente de José Martins e filho de Augusto Martins,
que, em 1975, após o reatamento das relações entre Portugal e a União Indiana,
partiu para Goa à procura do pai e ali permaneceu até hoje, vivendo com Rhema e
Sumitha, enfeitiçado pela Índia.»
Eventos culturais, música, análise social, novos livros!..
ResponderEliminarO Verão é pródigo nisso tudo e em muito mais!...
Dizia Rainer Marie Rilke, poeta nascido em Praga e falecido por volta dos seus cinquenta anos de uma leucemia pertinaz e implacável, deixou escrito com toda a propiedade e intuição esta bela metáfora: "Só o Verão merece a pena ser vivido!" Referia-se ele essencialmente ao "verão" das nossas vidas, aos melhores dias da nossa existência.
O verão, esse verão cheio de luz e alegria preenche-se com tantas coisas deliciosas, que o seu ocaso nos traz, liberta melacolia e talvez um pouco de esperança, o desejo que venha ciclicamnte novos verões soalheiros e otimistas.
Tantos que se deixam seduzir pelo tempo de veraneio!... Os pintores impressionistas adoravam o Verão,por exemplo.
No entanto, não quero deixar de sublinhar em tom de crítica que o preço dos espectáculos, dos eventos, encontra-se sobrevalorizado em relação à situação económica da maioria dos portugueses, especialmente face à perca de poder de compra de nós todos.... E... é o que nos chega, essa diminuição de confiança no mercado.
... Ainda uma palavra de grande apreço e admiração para o Miguel Real (pseudónimo literário), e nosso amigo, e um já notabilíssimo escritor, poeta, crítico, filósofo e investigador em matéria de História, quer portuguesa, quer brasileira, que surge com um novo romance de grande qualidade, tanta ou mais que a dos anteriores, um romance a que dá o título muito sugestivo de "O Feitiço da Índia"! Parabéns, Miguel!... Encontras-te num momento de grande produção literária. Abraço de felicitações.
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