beira do rio, beira-mar,
orla branca de esperança
no leste do meu olhar.
Meu batelão emborcado
à beira de me afogar,
eu sobre a ponte abeirado
puxando minhas puçás.
Beirando todas as rotas,
nas asas das gaivotas
meus olhos cruzavam o mar;
sonhava à beira do cais
com um barco, nada mais,
e eu no mundo a navegar.
Curitiba, Novembro de 2004
Manoel de Andrade, in " Cantares", Ed. Escrituras, São Paulo, Brasil
Como Manoel de Andrade o revela por outras palavras... O Homem é a projecção da sua infância!
ResponderEliminar