José Paulo Cavalcanti Filho, Advogado no Recife, consultor da Unesco e do Banco Mundial, ex-Ministro da Justiça, membro da Academia Pernambucana de Letras escreveu “ Fernando Pessoa – Uma quase-autobiografia”. Esta monumental obra sobre a vida de Fernando Pessoa chega às livrarias a 19 de Abril, com chancela da Porto Editora.
José Carlos de Vasconcelos apontou, na apresentação à edição portuguesa, que este é «um livro absolutamente invulgar, extraordinário, "apaixonado" e que as centenas de páginas que tem, «se lêem como um romance, acrescentam muito ao conhecimento do percurso existencial de Pessoa e dos que lhe são próximos». O jornalista e director do Jornal de Letras salienta ainda a inteligência e a seriedade da investigação, ressalvando, porém, o possível cariz controverso de certas conclusões.
No Brasil, a revista Veja considerou “Fernando Pessoa – Uma Quase- Autobiografia” «a mais completa e detalhada reconstituição que jamais se fez da vida do autor». Mas este livro foi notícia também em Espanha. O El País revelou que contém «novidades surpreendentes sobre o genial poeta português» e que colocou o «mundo das letras em polvorosa». Na generalidade dos artigos, merecem elogio o esforço notável de pesquisa por parte do autor, a amplitude da obra – personalidades como Richard Zenith, Tereza Sobral Cunha, Eduardo Galeano ou Millôr Fernandes também o confirmam – e o facto de esta conseguir desmontar mitos e lendas em torno de Pessoa.
José Carlos de Vasconcelos apontou, na apresentação à edição portuguesa, que este é «um livro absolutamente invulgar, extraordinário, "apaixonado" e que as centenas de páginas que tem, «se lêem como um romance, acrescentam muito ao conhecimento do percurso existencial de Pessoa e dos que lhe são próximos». O jornalista e director do Jornal de Letras salienta ainda a inteligência e a seriedade da investigação, ressalvando, porém, o possível cariz controverso de certas conclusões.
No Brasil, a revista Veja considerou “Fernando Pessoa – Uma Quase- Autobiografia” «a mais completa e detalhada reconstituição que jamais se fez da vida do autor». Mas este livro foi notícia também em Espanha. O El País revelou que contém «novidades surpreendentes sobre o genial poeta português» e que colocou o «mundo das letras em polvorosa». Na generalidade dos artigos, merecem elogio o esforço notável de pesquisa por parte do autor, a amplitude da obra – personalidades como Richard Zenith, Tereza Sobral Cunha, Eduardo Galeano ou Millôr Fernandes também o confirmam – e o facto de esta conseguir desmontar mitos e lendas em torno de Pessoa.
A obra vista pelo autor
«Este livro, pois, não é o que Pessoa disse, ao tempo em que o disse; é o que quero dizer, por palavras dele. Com aspas é ele, sem aspas sou eu (…).
Não é um livro para especialistas, por já terem, à disposição, páginas demais. Que contam seus poemas octossilábicos, ano a ano — três em 1919, seis em 1920, e por aí vai; ou os advérbios de modo usados, equivalentes a 2,94% das frases de sua obra; ou estudam o uso do vocativo nos seus versos; ou examinam cada palavra de Mensagem — após o que se sabe haver, no livro, dez com 13 sílabas; ou sustentam que castelos, espadas, gládios e padrões, expressões nele tão frequentes, seriam símbolos fálicos; ou relacionam o horizonte paradigmático que modifica o buraco negro da luz ofuscante da melancolia de Bernardo Soares com as teorias de um filósofo alemão da Escola de Frankfurt ou com a lituraterra da psicanálise; ou discutem o número de vezes, 125, em que neles aparece a palavra coração. Sendo mais frequente na obra, só para constar, a palavra mar — em Mensagem, 35 vezes; no seu mais longo poema, “Ode marítima”, 46; mais 13, em fragmento de uma “Ode to the sea” que escreveu como Alexander Search; muito mais, parei de contar quando o número se aproximava das duas centenas. Nem proponho uma nova interpretação de Pessoa — que também muitas existem, para todos os gostos. Reduzidos, então, os bons propósitos dessas páginas, a serem simples guia para não iniciados.» in "Um quase-prefácio”
Não é um livro para especialistas, por já terem, à disposição, páginas demais. Que contam seus poemas octossilábicos, ano a ano — três em 1919, seis em 1920, e por aí vai; ou os advérbios de modo usados, equivalentes a 2,94% das frases de sua obra; ou estudam o uso do vocativo nos seus versos; ou examinam cada palavra de Mensagem — após o que se sabe haver, no livro, dez com 13 sílabas; ou sustentam que castelos, espadas, gládios e padrões, expressões nele tão frequentes, seriam símbolos fálicos; ou relacionam o horizonte paradigmático que modifica o buraco negro da luz ofuscante da melancolia de Bernardo Soares com as teorias de um filósofo alemão da Escola de Frankfurt ou com a lituraterra da psicanálise; ou discutem o número de vezes, 125, em que neles aparece a palavra coração. Sendo mais frequente na obra, só para constar, a palavra mar — em Mensagem, 35 vezes; no seu mais longo poema, “Ode marítima”, 46; mais 13, em fragmento de uma “Ode to the sea” que escreveu como Alexander Search; muito mais, parei de contar quando o número se aproximava das duas centenas. Nem proponho uma nova interpretação de Pessoa — que também muitas existem, para todos os gostos. Reduzidos, então, os bons propósitos dessas páginas, a serem simples guia para não iniciados.» in "Um quase-prefácio”
Sinopse
«Conheci Fernando Pessoa em 1966, pela voz de João Villaret. Foi o começo de uma paixão que até hoje me encanta e oprime.»
Enamorado desta figura de romance por escrever e de uma obra imensa que dispensa apresentação, José Paulo Cavalcanti Filho partiu à descoberta do homem que aqui nos dá a conhecer, de corpo inteiro: um Fernando Pessoa multifacetado, homem vaidoso, com dons de inventor e astrólogo, de ambições desmedidas e existência modesta; uma vida banal e triste para uma obra verdadeiramente universal.
Da reconstituição das esferas culturais da época aos pormenores do quotidiano, Cavalcanti decifra a vida por trás das palavras, a solitária multidão de um só Pessoa.
Enamorado desta figura de romance por escrever e de uma obra imensa que dispensa apresentação, José Paulo Cavalcanti Filho partiu à descoberta do homem que aqui nos dá a conhecer, de corpo inteiro: um Fernando Pessoa multifacetado, homem vaidoso, com dons de inventor e astrólogo, de ambições desmedidas e existência modesta; uma vida banal e triste para uma obra verdadeiramente universal.
Da reconstituição das esferas culturais da época aos pormenores do quotidiano, Cavalcanti decifra a vida por trás das palavras, a solitária multidão de um só Pessoa.
Imprensa
«A mais completa e detalhada reconstituição que jamais se fez da vida do autor.»
Revista Veja
Revista Veja
«Vinte anos levantando fontes inéditas de Pessoa.»
Revista Época
Revista Época
«Novidades surpreendentes sobre o genial poeta português. Mundo das letras em polvorosa.»
El País
El País
«Primeira biografia escrita por um brasileiro e talvez a mais ampla.»
O Globo
O Globo
«Cavalcanti descobriu que podia retratar o poeta a partir de seus próprios escritos.»
O Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo
Outras opiniões
«O que o grande escritor português nos deixou é uma vida-obra, ou obra-vida, sendo uma coisa indissociável da outra. Sei que José Paulo partilha esta ideia, e sei que dedicou vários anos a documentá-la.»
Richard Zenith
Richard Zenith
«A ideia de erigir sobre o caos documental pessoa uma “quase autobiografia” diz bem do prolongado envolvimento de José Paulo com a obra do poeta e da generosa franqueza com que necessariamente a si mesmo se desvela nessa expedição.»
Tereza Sobral Cunha
Tereza Sobral Cunha
«Bem-vinda seja esta descoberta de José Paulo.»
Eduardo Galeano
Eduardo Galeano
Li este livro impressionante em suspense, mesmo sabendo, desde o início, que o herói morre no fim. E José Paulo revela nele a figura perfeita do anti-herói. Descreve-o com amplitude e detalhes que ele próprio não saberia repetir. Que admirável esforço perseguindo essa vida! E que admirável revelação de biógrafo!»
Millôr Fernandes
Millôr Fernandes
Fonte E-cultura
Ainda não li "Fernando Pessoa - Uma Quase-Autobiografia", obra cerzida através do que João Paulo Cavalcanti Filho descobriu na imensidade de escritos que o Fernando nos deixou naquelas famosas arcas ou baús. Ainda não li, mas vou ler! Depois, espero contar-vos algo do que aí hei-de aprender. Parabéns a J. Cavalcanti Filho pela persistência, pela profunda dedicação a um autor genial como Pessoa, que atingiu há muito a sua própria internacionalização. E para sempre!... Curioso, é o facto de que foi por intermédio de João Villaret, dos poemas ditos por este grande actor que actuou quer em Portugal, quer no Brasil, quer em África, que Cavalcanti Filho tomou conhecimento do poeta da "Mensagem". Talvez seja importante assinalar que João Villaret conheceu pessoalmente Fernando Pessoa em finais de 1932, por intermédio do poeta António Bôto, outra glória da Literatura Portuguesa, que viria a falecer no exílio, em terras Brasileiras. António Bôto era muito amigo de João Villaret.
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