É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem (...)"
Alberto Caeiro, in “Poemas Inconjuntos”
Alberto Caeiro, in “Poemas Inconjuntos”
Quando tornar a vir a Primavera
Quando tornar a vir a Primavera
Talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
É uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
Talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
É uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
Alberto Caeiro, in “ Desafios Inconjuntos” ( Alberto Caeiro , Poesia) Lisboa , Assírio & Alvim 2ª ed. corrigida, 2004
Reconheço a primavera como tempos coloridos e que exalam o perfume da harmonia, tranquilidade e equilíbrio, mas, como tudo na vida, ela passa, deixando saudades e expectativas para a próxima... Ela é determinada em um ciclo real na nossa existência. Viver com intensidade cada primavera e guardar o seu perfume para as demais estações da vida.
ResponderEliminarFelicidades a VOCÊ.
Como Soeiro Pereira Gomes...relembro. Há que relevar aqueles que nunca conheceram a Primavera na vida. Nasceram já no Verão dos seus trabalhos, das suas cruzes, das suas dores... e só lhes vai sobrar résteas de frio e solidão no Inverno dos seus dias. Estou com estes!... Àqueles que só vivem e revivem a Primavera, felicito-os apenas.
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