Quem sabe onde vão parar?
Fantasma do meu navio
Não corras, vai devagar!
Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido.
Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?
Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?
Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num rio que não existe.
Natália Correia e a elevação do matriarcado em "Matriarca"! Quanta poesia, quanta, deixou vivida e escrita ao longo do seu percurso?!... Ela é ainda uma presença, a ajudar-nos, a fornecer-nos coragem, mesmo com a saudade a sangrar em nós... Natália é das não morrem porque não queremos!... Nunca.
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