A Terra está a ficar mais redonda
"Degelo nos polos faz aumentar massa no Equador.Uma nova análise à Terra permitiu verificar que tem havido um aumento das medidas terrestres na região equatorial que é causado principalmente pelo degelo na Gronelândia e na Antárctida.
Cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos revelaram, num artigo publicado na “Geophysical Research Letters”, que, por ano, as duas regiões polares perderam juntas 382 biliões de toneladas de gelo, que, derretido, segue em direcção às áreas equatoriais e modifica a distribuição de massa na Terra.
Esta conclusão coloca um ponto final num mistério que já durava há duas décadas, quando se percebeu que o formato da Terra, achatado nos polos, vinha a sofrer alterações, tornando-se mais arredondado.
A forma achatada deve-se ao facto de que, há 22 mil anos, vários quilómetros de gelo cobriam boa parte do hemisfério norte, pressionando a superfície para baixo. Com o degelo ao longo dos séculos, a pressão sobre a superfície diminui e o solo voltou a expandir-se nos polos, fazendo com que o planeta ficasse mais esférico.
Segundo esta nova análise, a zona do Equador está a aumentar 71 centímetros por década, sendo que, actualmente, a distância até o centro da Terra (o raio terrestre) a partir do Equador é 21 quilómetros maior do que nos polos. Contudo, os especialistas acreditam que, com o tempo, a massa do planeta vai readequar-se." In "CiênciaHoje"
Primeiro asteróide “troiano” descoberto junto à Terra
2010 TK7 foi detectado pelo telescópio WISE
"Um pequeno asteróide de 300 metros de diâmetro acompanha o movimento da Terra à volta do Sol, procedendo-a na sua órbitra. Trata-se do primeiro asteróide “troiano” deste planeta - o 2010 TK7 -, e foi detectado pelo telescópio WISE, da NASA.
Segundo um artigo publicado na revista “Nature”, o asteróide está a 80 milhões de quilómetros da Terra, que é agora o quarto planeta do sistema solar que tem a “companhia” de pelo menos um asteróide "troiano”, depois destes elementos serem conhecidos em Júpiter, Marte e Neptuno.O termo “troiano” é utilizado para designar os asteróides posicionados na órbita de um planeta, num ponto de equilíbrio estável, designado pontos de Lagrange, no caso o ponto 4 (L4) da órbita terrestre, 60 graus à frente do nosso planeta. Desta forma, o asteróide segue o planeta no seu movimento de translação, precedendo-o, segundo um ângulo bem definido.
O 2010 TK7, no entanto, não está exactamente no L4. As observações indicam que oscila a sua rota, fazendo com que também varie a sua órbita para o ponto Lagrange 3 em períodos de 400 anos.
"Como precede o movimento da Terra ou o segue, não entra nunca em colisão", destacaram especialistas da NASA, acrescentando que está previsto que, nos próximos cem anos, não se aproxime a menos de 24 milhões de quilómetros da Terra.
Já há muito que os cientistas acreditavam que a Terra poderia ter asteróides “troianos”, mas só agora constataram a sua presença, difícil de ser observada, pois ficam, em geral, mergulhados na luz solar. Contudo, a detecção do asteróide 2010 TK7 foi facilitada porque estava numa "órbita incomum que o afastou bastante do Sol", explicaram os investigadores." In CiênciaHoje"
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