segunda-feira, 30 de maio de 2011

E se o Universo fosse infinito?


“ Investigador taiwanês desenvolve modelo alternativo à teoria do Big Bang.
A teoria do Big Bang é tão extensa como o fenómeno a que se refere. No entanto, o investigador Wun-Yi Shu, da Universidade Nacional de Tsinghua ,em Taiwan, sugere um novo modelo para explicar o Universo.
O cientista indica que não existiu uma origem nem vai existir um final. Segundo esta teoria do infinito, que sugere que a massa, o espaço e o tempo se relacionam de forma diferente da que é considerada pelos cientistas. No estudo, publicado na arXiv.org 
a grande explosão nunca terá chegado a existir.
Shu explica que o novo modelo responde a uma nova perspectiva sobre alguns conceitos básicos da astrofísica, como tempo, o espaço, a massa e a longitude. Na sua proposta, bastante complexa, o tempo e o espaço podem converter-se um no outro, e a velocidade da luz é o factor de conversão entre ambos.
Como o Universo está em expansão, o tempo transforma-se em espaço e a massa em longitude. À medida que o Universo se contrai, ocorre o contrário.
A proposta de Shu tem quatro características distintas. A primeira é que a velocidade da luz e a gravitação não são constantes, mas variam com a evolução do Universo. Em segundo, o tempo não tem principio nem fim, isto é, nunca terá ocorrido o Big Bang nem o Big Crunch (uma teoria que antecipa que o Universo está a fechar-se aos poucos e a comprimir até que todos os elementos voltem ao ponto original, destruindo toda a matéria num único ponto de energia). Ponto três: a secção espacial do Universo é de três dimensões curvada numa quarta, o que descarta uma geometria plana ou hiperbolóide, e por último, existem fases de aceleração e desaceleração.
Força misteriosa
A ideia, além de complexa pode parecer arriscada, mas Shu assegura que as suas informações encaixam perfeitamente com as observações realizadas pelos astrónomos na Terra.
Para entender o funcionamento do Cosmo, a sua teoria não necessita da energia negra, uma misteriosa força, que compõe 74 por cento do Universo e cuja existência é discutida por alguns investigadores.
No entanto, tem um ponto fraco: as suas ideias não podem explicar a existência do fundo cósmico de microondas, que supõe a evidência mais sólida dos restos do Big Bang.” In Ciência Hoje

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