Um estudo divulgado na publicação científica "Medical Humanities" mostra que o compositor Frédéric Chopin pode ter sofrido de epilepsia. Neste estudo elaborado por cientistas espanhóis concluiu-se que o compositor Frédéric Chopin (1810- 1849), que sofreu de alucinações visuais durante toda a vida, tinha provavelmente epilepsia, assinala a BBC. O género e frequência de alucinações que o compositor apresentava é muito frequente em doentes com epilepsia do lobo temporal.
Estudos anteriores atribuíram os surtos de melancolia do compositor a uma doença bipolar e depressão.
Uma das histórias envolvendo Chopin e as suas alucinações aconteceu durante uma apresentação num salão privado em Inglaterra, no ano de 1848. O compositor deixou o recinto, dizendo ter visto criaturas saindo do piano. O episódio é confirmado pelo crítico musical do "Manchester Guardian", nome anterior do jornal britânico "The Guardian".
Alucinações são comuns em muitas doenças psiquiátricas como a esquizofrenia, mas são compostas normalmente por vozes. No caso de Chopin, a associação com a epilepsia é comentada no artigo como difícil de ser feita pelos médicos à época do compositor, já que havia pouco conhecimento sobre a doença.
A saúde de Chopin não era forte. Uma doença crónica no pulmão teria levado o artista à morte com apenas 39 anos. Especialistas defendem a possibilidade do compositor ter desenvolvido fibrose cística, uma doença que afecta o sistema respiratório. O diagnóstico é baseado no histórico familiar do artista.
Chopin ficou conhecido como sendo um artista frágil e sensível e tornou-se um dos maiores símbolos do romantismo.( Imprensa escrita).
Mas o génio de Chopin apenas se define em Chopin. Comprovemo-lo, escutando a interpretação talentosa de Maria João Pires ao piano, em "Nocturno n.º 1 em Si bemol menor, op. 9 n.º 1" desse grande Frédéric Chopin.
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