O Orçamento do Estado entregue pelo Governo à Assembleia da República prevê tudo, excepto a segurança de ser eficaz e, por tal, de se bastar a si próprio como medida maior e única para 2011. Na sua essência tem diluída a composição do ADN deste nosso desgovernado Governo e para fatalidade maior vai tentar injectá-la no país. Assim, a contaminação está prevista e de inocentes passaremos todos a culpados, aliás situação que está promulgada desde que o Presidente do Conselho se escusou de qualquer responsabilidade no estado desta nação. Somos refém de um génio narcísico que anuncia agir em prol da salvação nacional, como se a Nação lhe pertencesse e fosse , por tal, seu senhor e dono. Nem Maquiavel previu tanto.
O labiríntico caminho que Portugal tem percorrido abortou num atalho que sem saída veda o acesso ao discernimento e apenas se orienta pelas exigências dos mercados internacionais. A nação deixou de estar no centro da governação. Passamos a ser o cordeiro no patíbulo pronto e sempre prestes ao sacrifício.
É preciso desmontar, desconstruir esta falácia que a estrutura governamental tem montada e mostrar a verdadeira realidade que nos espera. Não se está a defender o futuro de Portugal e muito menos se releva o estado social. O governo está a degolá-lo ininterruptamente e com ele todos nós.
Até quando vigorará este OE? Quando virá o PEC III ou um novo Orçamento Rectificativo? E a manipulação dos números continuará imparável, enquanto o cordeiro continua no patíbulo forçado a outro, outro e outro sacrifício.
Eis, então, que é tempo de saber onde estão as vozes deste País? Que fazeis além do vão ruido em libelos condenatórios? Por que razão aceitar a exclusão, a inevitabilidade da pobreza, a ocultação da verdade ?
A História não se escreve com o silêncio dos inocentes.
Concordo plena e totalmente quer na forma, quer no conteúdo
ResponderEliminarParabéns.As consciências devem ser acordadas e a letargia conduz ao abismo.
ResponderEliminarO texto revela a perspecicácia da sua autora, é pertinente e oportuno. ana maria
ResponderEliminarcorrecção: "perspicácia", ana maria
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