Há trinta e oito anos, no dia 30 de Janeiro de 1972, soldados paraquedistas britânicos abriram fogo sobre uma multidão de católicos irlandeses, em Londonderry, que se manifestava contra a diminuição dos seus direitos cívicos. Foram mortas treze pessoas, vindo posteriormente a falecer uma outra no hospital. Esse trágico dia ficou conhecido como " Bloody Sunday".
A Irlanda do Norte foi durante imensos anos o campo de sangrentos incidentes por rivalidades de cariz religioso. O Governo britânico oficial e vincadamente protestante não promovia a paz, provocando pela redução de direitos aos católicos a animosidade e a guerrilha.
No dia em que o relatório sobre o "Bloody Sunday" foi concluido e divulgado, David Cameron declarou na Câmara dos Comuns que os soldados ingleses atacaram sem qualquer razão para o fazer. Não existiam armas entre os manifestantes como fora, então, divulgado para justificar o sangrento ataque. "O que se passou é injustificado e injustificável. Estou profundamente desolado. O que se passou não deveria nunca ter-se passado."- acrescentou ainda.
Os familiares das vítimas, que estavam em manifestação na Irlanda do Norte, regozijaram-se com o resultado do relatório e com as palavras do Primeiro Ministro britânico.
Tony Doherty, cujo pai faleceu nesse ataque, afirmou : " A partir de agora, pode-se proclamar ao mundo que os mortos e os feridos do " Bloody Sunday" estavam inocentes. Foram abatidos pelas balas dos soldados aos quais tinham feito acreditar que podiam matar impunemente."
O ódio no mundo sempre grassou ainda que por razões que nem o coração entende. Erradicá-lo e implantar a PAZ é apenas utopia.
"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento" Platão
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