quinta-feira, 30 de junho de 2016

98º aniversário de Cândida Ventura

Nasci em Lourenço Marques , mas passei a maior parte da minha infância nas Caldas de Monchique, termas a 250 metros de altitude , no vale  da serra de Monchique (Algarve), apenas  a 20 quilómetros da Praia da Rocha e a 290  quilómetros de Lisboa.
São estas as palavras com que Cândida Ventura inicia o primeiro capítulo do livro  O “socialismo” que eu vivi .  Cândida Ventura nasceu a 30 de Junho de 1918. É dia de a evocar. Faria 98 anos.
Cândida amava a vida. Saudar um novo ano era um acto de celebração que se reiterava nessa data. Um dia festivo que reunia um círculo de amigos que, por ela, tinha sido tocado. Havia, nesse dia , um sorriso que iluminava mais rasgadamente os olhos desta figura relevante da nossa  história . Sim da história da democracia portuguesa. Cândida Ventura foi dos mais importantes e notáveis combatentes  ao regime autoritário que dominou Portugal, durante  quatro décadas do século XX. Abdicou de uma vida promissora  em vários domínios para passar a uma vida em clandestinidade, na  defesa de uma ideologia que prometia cortar as assimetrias sociais e as  penosas restrições  da Liberdade. Passou a ser  o André. O nome esboroou-se entre os preceitos preventivos do Partido Comunista.
Cândida despojara-se de uma identidade. Foi André, Catarina (Catherine na Checoslováquia) e  altri. Quando readquiriu  o seu verdadeiro nome , o som das silabas que o compunham eram notas de uma música adormecida. 
Cândida era uma lutadora. Uma mulher que não se perdeu entre o desencanto e as agruras de quem descobriu que nem sempre a ideologia partidária é aquela que se anuncia. Soube descobrir o caminho e percorrê-lo com dignidade, com verdade, apregoando  os princípios que alicerçam a construção  de um verdadeiro socialismo, no perigo sempre iminente de perda da sua própria liberdade.
Cândida viveu longamente. Impregnava-a uma força que contagiava quem dela se aproximasse. Era a própria seiva que alimenta a vida. Tudo lhe interessava. Lia os jornais de todo o mundo. Escrevia, devorava livros …. compunha desafios futuros. Embrenhava-se em diferentes acções humanitárias. Participava em protestos, colóquios, conferências e ensinava todos aqueles que queriam aprender . Apesar dos seus noventa anos, Cândida mantinha uma energia permanente.
E era uma mulher formosa  e admirável .Tinha um sorriso largo. Peculiar. Sabia cativar-nos.
Era um ser de enorme verticalidade, de uma honradez singular que soube calar os grandes segredos que nela viviam e que poderiam fazer acender os holofotes sobre o Partido a que aderiu em acto de fé , em 1936.
Cândida tem lugar no Panteão de todos nós. Com ela conjuga-se a Liberdade, a Justiça, a Fraternidade.
À  Cândida a nossa admiração e a contínua saudade da sua alegria , da sua presença, do seu afecto.
Parabéns, Cândida.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Dies irae

“Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece. E nem ao menos posso fazer o que uma menina semiparalítica fez em vingança: quebrar um jarro. Não sou semiparalítica. Embora alguma coisa em mim diga que somos semiparalíticos. E morre-se, sem ao menos uma explicação. E o pior - vive-se, sem ao menos uma explicação. E ter empregadas, chamemo-las de uma vez de criadas, é uma ofensa à humanidade. E ter a obrigação de ser o que se chama de apresentável me irrita. Por que não posso andar em trapos, como homens que às vezes vejo na rua com barba até o peito e uma bíblia na mão, esses deuses que fizeram da loucura um meio de entender? E por que, só porque eu escrevi, pensam que tenho que continuar a escrever? Avisei a meus filhos que amanheci em cólera, e que eles não ligassem. Mas eu quero ligar. Quereria fazer alguma coisa definitiva que rebentasse com o tendão tenso que sustenta meu coração.
E os que desistem? Conheço uma mulher que desistiu. E vive razoavelmente bem: o sistema que arranjou para viver é ocupar-se. Nenhuma ocupação lhe agrada. Nada do que eu já fiz me agrada. E o que eu fiz com amor estraçalhou-se. Nem amar eu sabia, nem amar eu sabia. E criaram o Dia dos Analfabetos. Só li a manchete, recusei-me a ler o texto. Recuso-me a ler o texto do mundo, as manchetes já me deixam em cólera. E comemora-se muito. E guerreia-se o tempo todo. Todo um mundo de semiparalíticos. E espera-se inutilmente o milagre. E quem não espera o milagre está ainda pior, ainda mais jarros precisaria quebrar. E as igrejas estão cheias dos que temem a cólera de Deus. E dos que pedem a graça, que seria o contrário da cólera.
Não, não tenho pena dos que morrem de fome. A ira é o que me toma. E acho certo roubar para comer. – Acabo de ser interrompida pelo telefonema de uma moça chamada Teresa que ficou muito contente de eu me lembrar dela. Lembro-me: era uma desconhecida, que um dia apareceu no hospital, durante os quase três meses onde passei para me salvar do incêndio. Ela se sentara, ficara um pouco calada, falara um pouco. Depois fora embora. E agora me telefonou para ser franca: que eu não escreva no jornal nada de crônicas ou coisa parecida. Que ela e muitos querem que eu seja eu própria, mesmo que remunerada para isso. Que muitos têm acesso a meus livros e que me querem como sou no jornal mesmo. Eu disse que sim, em parte porque também gostaria que fosse sim, em parte para mostrar a Teresa, que não me parece semiparalítica, que ainda se pode dizer sim.
Sim, meu Deus. Que se possa dizer sim. No entanto neste mesmo momento alguma coisa estranha aconteceu. Estou escrevendo de manhã e o tempo de repente escureceu de tal forma que foi preciso acender as luzes. E outro telefonema veio: de uma amiga perguntando-me espantada se aqui também tinha escurecido. Sim, aqui é noite escura às dez horas da manhã. É a ira de Deus. E se essa escuridão se transformar em chuva, que volte o dilúvio, mas sem a arca, nós que não soubemos fazer um mundo onde viver e não sabemos na nossa paralisia como viver. Porque se não voltar o dilúvio, voltarão Sodoma e Gomorra, que era a solução. Por que deixar entrar na arca um par de cada espécie? Pelo menos o par humano não tem dado senão filhos, mas não a outra vida, aquela que, não existindo, me fez amanhecer em cólera.
Teresa, quando você me visitou no hospital, viu-me toda enfaixada e imobilizada. Hoje você me veria mais imobilizada ainda. Hoje sou a paralítica e a muda. E se tento falar, sai um rugido de tristeza. Então não é cólera apenas? Não, é tristeza também.”
Clarice Lispector, in “A descoberta do mundo”. Rio de Janeiro: Rocco, 1999

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Centro Histórico do Porto


Centro Histórico do Porto
Distrito:  Porto  , Concelho:  
Tipo de Património
Centro Histórico
Proteção Jurídica
Património Mundial pela UNESCO em 5 de Dezembro de 1996
Época(s) Dominante(s)
Medieval, Moderna, Contemporânea
Descrição
Centro Histórico do Porto é a área mais antiga da cidade do Porto, em Portugal, classificado como Património Cultural da Humanidade desde 1996.
A cidade do Porto, localizada na zona setentrional de Portugal, é sede de concelho e de distrito, e abrange uma área com cerca de 40 km². Implantada na margem direita do rio Douro, próximo da foz, a cidade apresenta uma fisionomia marcada pelo casario simples virado sobre a Ribeira e apinhado ao longo das colinas, onde ressaltam as torres graníticas das igrejas.

A sua história remonta a épocas recuadas e acompanha a formação do próprio país e da cultura portuguesa. A geografia do lugar condicionou a formação e o seu desenvolvimento, sempre ligado a uma região onde o próprio rio é vetor económico, eixo de comunicação e elemento agregador. A par dos importantes valores evidenciados pela arquitetura e pela paisagem envolvente, o Porto possui uma identidade própria, reflexo das vivências humanas ao longo dos tempos, que se revê no seu próprio Centro Histórico e fazem dele um polo vivo, tendo sido este aspeto um dos principais critérios que o levaram a ser classificado como Património Cultural da Humanidade.

A área histórica apresenta-se hoje praticamente inalterada e livre de construções modernas. Esta parte mais antiga e uniforme da cidade, abrange as freguesias de Miragaia, Vitória, S. Nicolau e Sé, que se encontram, em traços gerais, no interior da muralha Fernandina (século XIV) e áreas adjacentes, cujo património construído tem características medievais ou valorizadas por significativos trabalhos posteriores. Estão, neste caso, o quarteirão e Passeio das Virtudes, a Torre e Igreja dos Clérigos, a Rua 31 de janeiro e o conjunto envolvente do Teatro S. João e do Governo Civil.

A envolvente desta área medieval, embora mais recente, é também rica do ponto de vista histórico e artístico, compreende: a Nascente, a encosta das Fontainhas e dos Guindais; a Norte, a Avenida dos Aliados e respetivos quarteirões, onde se incluem as Praças de D. João I, da Trindade, de Filipa de Lencastre e de Gomes Teixeira; a Nordeste, o Hospital de Santo António; e a Poente, a zona da Alfândega e Vale das Virtudes.
Foram também incluídos na classificação: o Mosteiro da Serra do Pilar, em Gaia (na outra margem do rio Douro) e a Ponte D. Luís.
Caracterização Histórica
Num tecido urbano consolidado ao longo de muitos séculos, os vestígios arqueológicos vão trazendo à luz os testemunhos de Cale, povoado originário da Idade do Bronze. Estrategicamente posicionado e bem defendido por muralhas na colina da Sé, cujo polo agregador era um edifício religioso (hoje a catedral), tinha na base, junto à margem do rio, outro núcleo, diretamente relacionado com as atividades piscatórias. Este foi designado Portus Cale e veio a dar origem ao próprio nome de Portugal. Sucessivamente reorganizado durante a romanização e nos períodos bárbaro e muçulmano da Alta Idade Média, foi o berço do território do Condado Portucalense, desmembrado do reino de Leão e transmitido em dote na altura do casamento de D. Teresa com o Conde D. Henrique de Borgonha, pais de D. Afonso Henriques, primeiro rei e fundador de Portugal. Neste período o Porto teve o seu primeiro foral, dado em 1120 pelo bispo D. Hugo, que recebera a povoação das mãos de D. Teresa.

Durante a primeira dinastia, verificou-se o desenvolvimento e a expansão populacional e urbana, com base numa actividade portuária notável, traduzida em contactos regulares com a Inglaterra, a Normandia e a Flandres. Esta prosperidade, que lhe advinha das funções de centralidade administrativa, religiosa e económica à escala regional, acentuou-se a partir do final do século XIV, devido ao peso da burguesia mercantil, e conduziu à edificação de novos panos de muralha com o objectivo de ligar e proteger os dois pólos de crescimento urbano (Sé e Cais). Esta burguesia participou activamente na defesa dos interesses de D. João I e de Portugal contra Castela, durante a crise política de 1383-1385. Por isso, foi na Sé do Porto que este rei, fundador da dinastia de Avis, realizou o seu casamento com D. Filipa de Lencastre, em 2 de Fevereiro de 1387, residindo então largas temporadas na cidade. É neste quadro que se insere o nascimento do Infante D. Henrique, em 1394.

A burguesia portuense era fortalecida pela riqueza e dinâmica da comunidade de judeus radicada na cidade e foi o próprio D. João I que instalou a judiaria nova no Morro da Vitória. Por isso, daqui partiram apoios importantes para a expedição a Ceuta em 1415 (marca o início da expansão portuguesa) apoios que o próprio Infante viera pessoalmente pedir à cidade. Do mesmo modo, muitos nomes que posteriormente se ligaram aos Descobrimentos estão relacionados com a história da cidade e a sua região, nomeadamente Afonso Gonçalves Baldaia (descobridor da costa africana), Pero Vaz de Caminha (cronista oficial do "achamento" do Brasil em 1500) e Brás Cubas (fundador da cidade de Santos no Brasil).

Seguindo a tradição da dinâmica do período das Descobertas, o Porto manteve-se sempre como uma cidade próspera e ativa. As iniciativas de cada momento histórico foram deixando marcas no território da cidade, desde a exuberante arquitetura barroca que testemunha a vitalidade do comércio de Vinho do Porto no século XVIII, que a partir daí, faz a cidade alargar os seus limites rapidamente, até às intervenções contemporâneas que articulam as novas áreas com a reabilitação do centro histórico, passando pelas marcas do progresso oitocentista, ligadas às transformações do Liberalismo e da Regeneração e expressas na arquitetura de ferro e na industrialização.
Para completar o quadro referencial do Centro Histórico do Porto, bem como da vida cultural da cidade, recomenda-se uma visita ao Museu Nacional Soares dos Reis que permite conhecer, uma notável coleção de pintura quinhentista (onde ressaltam influências flamengas) e uma importante coleção de pintura do século XIX. Outros espaços museológicos importantes são o Museu da Irmandade de S. Pedro de Miragaia, a Sé do Porto (arte sacra), a Casa Museu Guerra Junqueiro, o Museu Romântico da Macieirinha e a Casa de Serralves (arte moderna).
A Cidade na época Medieval e Moderna
Ligada à memória do Infante e dos Descobrimentos, os antigos bairros situados no interior da muralha medieval do século XIV, apesar das modificações posteriores, apresentam, no emaranhado das ruas, uma morfologia urbana de cariz medieval e abrigam os principais monumentos e espaços que marcaram a fisionomia da cidade nos séculos XIV e XV e que foram cenário de importantes acontecimentos da época.

A colina da Sé destaca-se pela antiguidade do conjunto e pela monumentalidade da grande catedral, onde podemos admirar a traça arquitetónica do século XII, visível no interior e na fachada (renovada depois no século XVIII) e no núcleo gótico do claustro com uma elegante arcaria tripla e a capela de S. João Batista que guarda o túmulo do cavaleiro de malta, João Gordo. No antigo adro, hoje terreiro da Sé, destacam-se o Paço episcopal, grande complexo arquitetónico construído em 1737 sobre a primitiva residência do século XIII, a torre de D. Pedro Pitões (também denominada Torre da Cidade), construção gótica de forma quadrada com dos pisos e aberturas ogivais na fachada, e as ruínas da antiga Casa da Câmara, recentemente consolidada e que apresenta ainda uma fisionomia de tipo medieval.

Alguns vestígios da muralha primitiva, que correspondem ao sistema defensivo construído durante a Alta Idade Média e reforçado no século XII, podem ser percetíveis nos elementos construídos e no traçado das ruas, particularmente na Calçada de Vandoma e ao longo da Rua de D. Hugo.

A ambiência de todo o conjunto que se ergue ao longo da colina, nesta área envolvente da Sé, é de cariz popular, com mercados tradicionais e constante ocupação das ruas que são assumidas como espaço coletivo e de relação social. Pelas Escadas das Verdades pode fazer-se o percurso de ligação com a parte ribeirinha.
Na Ribeira e no Barredo, integradas na freguesia de S. Nicolau, estamos no coração da zona fluvial. A frente sobre o rio é formada por fachadas estreitas, com arcadas no piso térreo, mantendo ainda muitos elementos de raiz medieval e uma fisionomia característica dos núcleos portuários da época dos Descobrimentos. As vielas estreitas do Barredo desenham um tecido labiríntico, onde ressaltam alguns exemplares mais antigos, como a Torre da Rua de Baixo, que data originariamente do século XIII e apresenta ainda características medievais. A Praça da Ribeira e o Largo do Terreiro são hoje espaços abertos sobre os cais da Ribeira e da Estiva, onde antigamente se erguiam os armazéns bacalhoeiros e hoje se preserva o velho Postigo do Carvão que se abria na muralha do século XIV.
Na Rua da Reboleira, sobrevivem muitas construções típicas, de raiz tardo-medieval e quinhentista, com destaque para as frentes da rua, onde se integram as fachadas nº 55 e nº 59.
A toponímia das ruas fala-nos da sua história antiga e na Rua da Alfândega, a Casa do Infante ou Alfândega Velha, merece uma visita atenta. Núcleo em fase de investigação documental e arqueológica, é hoje uma construção de estrutura quadrangular correspondente ao antigo pátio de ligação entre duas torres, construída entre 1325 e 1354 e destinada pelo rei D. Afonso IV a sede do Almoxarifado do Porto. Segundo a tradição, aqui nasceu o Infante D. Henrique, numa época em que toda esta parte da cidade era ocupada por edifícios públicos ligados à Corte e à actividade mercantil. A Rua Nova, que hoje tem o nome de Rua Infante D. Henrique, em memória do príncipe navegador, foi aberta por iniciativa do rei D. João I. Na envolvente da Praça do Infante, a Igreja de S.Francisco recorda-nos as ligações da cidade à dinastia de Avis. Notável exemplar da arquitetura gótica mendicante fazia parte do grande convento franciscano onde algumas vezes se acolheu a rainha D. Filipa de Lencastre, mãe de D. Henrique. São ainda significativos, neste templo, os testemunhos do período manuelino e renascentista.
Na zona de Massarelos, persistem uma calçada medieval e a confraria das Almas, fundada no próprio ano do nascimento do Infante (1394), junto da pequena ermida do Corpo Santo, por homens do mar, trabalhadores de estaleiros e construtores de barcos.
No perímetro da cidade medieval, correspondendo aos principais núcleos de povoamento da época, integram-se ainda outras áreas, com destaque para Cedofeita com a sua austera igreja românica e a Torre de Pedro Sem, mandada construir por D. Afonso IV e hoje incorporada no Palácio dos Terenas ou da Mitra. Dispersos estão alguns vestígios da cerca medieval e das respetivas portas, nomeadamente a conhecida Porta da Cidade, construção quadrangular com dois pisos, que pode ver-se na Rua de S. Sebastião e o troço que contorna o convento de Santa Clara. A igreja deste convento possui um belo portal da época manuelina.
Das judiarias da cidade, que foram grandes, ricas e participativas nos projetos da cidade e do reino, ficou-nos o conjunto das ruas de S. Bento e das Escadinhas da Esnoga, que fazia parte da Judiaria do Olival, situada junto da porta da muralha com o mesmo nome.
Na segunda metade de quinhentos e inícios do período seguinte, o Porto vê enriquecido o seu património construído, com novos edifícios inspirados na nova corrente saída do Concílio de Trento e seguindo linhas maneiristas. São exemplos desta filiação a Casa do Cabido e as Igrejas - dos Grilos, de S. João Novo, S. Bento da Vitória e dos Carmelitas. É a época em que se iniciam notáveis trabalhos em talha barroca que vão decorar o interior das igrejas da cidade, cujo desenvolvimento se manterá por cerca de 150 anos. Os primeiros exemplos, são os já citados conventos de S. Francisco e de Santa Clara, bem como a Igreja de S. Pedro de Miragaia.
No século XVII e XVIII disseminam-se os palacetes de habitação, reflexo da opulência da alta nobreza e da burguesia do Porto. Estão neste caso, entre outras: as casas apalaçadas da Rua das Flores - dos Cunha Pimenteis, dos Constantinos, dos Sousa e Silva e a de Manuel Figueiroa Pinto (ou da Companhia Velha); o palacete na rua de Belmonte (próxima da anterior) – dos Pacheco Pereira; ou o edifício da Cooperativa Árvore (casa dos Albuquerques) no Passeio das Virtudes.

De destacar durante este tempo grandes trabalhos públicos, respetivamente: a reconstrução e engrandecimento, em 1667, da Alfândega; a criação de um sistema de circulação que ligou a Rua da Alfândega Velha à Rua Nova e à Fonte Taurina; e a reconstrução da Cadeia e Tribunal da Relação em 1765 segundo projecto de Eugénio dos Santos.

A época setecentista é extremamente rica do ponto de vista artístico, tendo entrado em Portugal mestres de nomeada, entre os quais é de destacar Nicolau Nasoni. A cidade tem na Igreja e Torre dos Clérigos, um expoente da arquitetura deste mestre e um autêntico cartão-de-visita. O barroco portuense que salienta nas fachadas das igrejas e palácios os contrastes do claro-escuro, e decorou de modo exuberante o interior dos templos, marcou de forma particular a cidade e perdurou para além da introdução das formas neoclássicas como é o caso da igreja do Carmo.
Outras obras importantes, na zona histórica classificada, que se filiam estilisticamente no barroco, são as realizadas na Sé Catedral, nas igrejas de Santo Ildefonso, da Misericórdia, do Recolhimento do Ferro, de Nossa Senhora da Vitória, de S. Nicolau, do Terço, dos Carmelitas.

No terceiro quartel do século XVIII, com os Almadas, verifica-se um novo modelo de expansão urbana, de tipo radial. É aberta uma longa artéria - a rua do Almada -, e outros novos eixos - as ruas da Cedofeita e de Santa Catarina -, que se articulam com outras secundárias. Abrem-se nesta altura grandes arcos nas muralhas fronteiras ao cais.
A influência inglesa que desde meados do século XVII se vinha fazendo sentir, é reforçada pelo Tratado de Methwen e com a produção e comercialização de Vinho do Porto. Este vinho deve a sua fama a um feliz acaso: dois ingleses com o intuito de o conservarem adicionaram-lhe aguardente, tendo-o transformado num precioso néctar que, passado pouco tempo, se havia de tornar mundialmente conhecido. As características deste excelente vinho devem-se, também, naturalmente, às condições geomorfológicas da sua região de origem - as encostas xistosas do Alto Douro. Depois da sua primeira fase de fabrico, o vinho é introduzido em cascos de carvalho e, até há relativamente pouco tempo, era transportado nos típicos barcos rabelos que desciam o Douro, até às caves de armazenamento em Gaia, frente ao Porto, onde é envelhecido e ganha as suas características finais.
São testemunho da forte influência inglesa na cidade, a existência de clubes privados de grandes tradições e elegantes jardins. Outros exemplos, introduzidos pelos britânicos, são as comuns edificações de gosto neopaladiano, ou os arcos da Ribeira, abertos para apoiarem o descarregamento de mercadorias e que evidenciam o modelo dos cais londrinos.
A arquitetura neoclássica tem exemplos notáveis no Centro Histórico do Porto, designadamente: o Hospital de Santo António, a Feitoria Inglesa, a Cadeia da Relação, o Governo Civil, a Faculdade Ciências, Igreja da Trindade e Igreja dos Terceiros de S. Francisco.
A cidade na época Contemporânea
O peso histórico da cidade no século XIX é significativo. Esteve em diversos acontecimentos relevantes, entre eles: a revolução de 1820, o cerco do Porto, a revolta republicana do 31 de janeiro. Após a revolução liberal o Porto vive um período de expansão urbana, que extravasa a Área Histórica, embora aqui se façam também sentir novos trabalhos. É um período de melhoramentos que engloba diversos sectores urbanos, desde os transportes, aos centros de actividades económicas, à criação de áreas de lazer, etc.. A arquitectura das habitações apresenta algumas inovações como é o caso das designadas "casas dos brasileiros" (novos ricos que tinham emigrado e feito fortuna no Brasil), e que incluem de modo geral - vitrais, embutidos, figuras em barro, revestimento exterior de azulejaria. Na cidade tornam-se comuns os jardins e praças públicas - Jardim da Cordoaria, Praça do Infante (integra uma estátua evocativa) e Praça da Batalha. São desta altura grandes construções como: o Palácio da Bolsa, em estilo neoclássico, e que inclui um salão de belo recorte artístico e gosto revivalista neoárabe; o Mercado Ferreira Borges, exemplar da arquitectura do ferro; notáveis pontes, também em ferro, para passagem do rio Douro - D. Luís, utilizada a partir de 1886 e cujo projecto é da autoria de Teophile Seyrig (antigo sócio de Gustavo Eiffel), e D. Maria, edificada pelo engenheiro da famosa Torre parisiense. Subsistem os pilares de uma ponte pênsil (desactivada em 1887), e que fora projectada para substituir a antiga Ponte das Barcas (em 1809 cedeu ao peso milhares de pessoas, que se afogaram, quando fugiam às tropas napoleónicas). Os transportes sofreram, naturalmente, na época oitocentista uma evolução que se verificou em outras grandes cidades da Europa. Dessa época subsistem ainda os eléctricos que se deslocam ao longo da antiga linha ribeirinha.

No início do século XX verifica-se uma tendência pelas linhas arquitectónicas ao gosto francês. Tal facto deve-se em larga parte a Marques da Silva, sendo duas das principais obras deste arquitecto, a Estação de S. Bento (1900) com magníficos painéis de azulejos da autoria de Jorge Colaço, e o Teatro de S. João (1911). Surgem alguns imóveis onde é patente o gosto pela designada Arte Nova, sendo de referir os prédios existentes na Rua Galeria de Paris e na Rua Cândido dos Reis. O espírito renovador republicano dá origem a outras obras no Porto, é dessa altura o traçado da Avenida dos Aliados, tendo no extremo norte o edifício da Câmara (construído entre 1920 e 1957).

Património em destaque
- Sé Catedral (românico, séc. XII; gótico, séc. XIV; barroco, séc. XVII)

- Muralha Fernandina - (gótico, séc. XIV) desta antiga fortificação restam os troços de Santa Clara e de S. João Novo e o Postigo do Carvão no Cais da Ribeira.

- Igreja de S. Francisco - (gótico, séc. XIV; barroco, séc. XVII e XVIII).

- Casa do Infante - antiga alfândega medieval.
- Igreja do Carmo - (barroco e rococó, séc. XVIII).
- Igreja e Torre dos Clérigos - (barroco, séc. XVIII).
- Teatro de S. João - (neoclássico, séc. XIX).
- Palácio da Bolsa - (neoclássico, romantismo/revivalismo neoárabe, séc. XIX)
- Ponte de D. Luís I - notável exemplar da arquitetura do ferro (séc. XIX).
Programas e Projectos
Projeto Municipal de Renovação Urbana do Centro Histórico do Porto.
Criada a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto, com apoio financeiro do Município e do Estado Português, através do Comissariado do Norte para a luta contra a Pobreza (visa principalmente a ajuda às freguesias da Sé e de S. Nicolau) através de verbas do O.G.E. - Orçamento Geral do Estado e da C.E.E. (projeto Pauvreté III).
Diversos projectos de entidades privadas na recuperação de edifícios de valor patrimonial.
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
ALVES, Joaquim Jaime B. Ferreira, O Porto na época dos Almadas : Arquitetura, Obras Públicas, vol I., Porto, 1988.
ALVES, Maria da Conceição S. C. Rodrigues, Porto, Monumental e Artístico. Porto, Edições Asa, 1983.
BOLETIM DA DIREÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS, Sé Catedral do Porto. Porto, nº40-43, Jun. 1945 - Mar. 1946.
MONTEIRO, Manuel, Igrejas Medievais do Porto. Porto, Marques Abreu Editor, 1954.
PORTO A PATRIMÓNIO MUNDIAL: Processo de candidatura da Cidade do Porto à classificação pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade - 1993, Câmara Municipal do Porto, 1993.
ROTEIROS CNC : Lugares do Infante, Lisboa, Centro Nacional de Cultura, [s.d.].
SMITH, Robert, et. al., Casas do Porto : século XIV ao XIX, in Documentos e Memórias para a História do Porto, Porto, nº 31, [s.d.].
Data de actualização
21/03/2016

A idade não importa

For Presidents, Age Is Not Just a Number
JOSHUA PRAGER and LAUREN TAMAKI UPDATED June 21, 2016, The New York Times
Lauren Tamaki
              
                               

JOSHUA PRAGER and LAUREN TAMAKI 
“One of the mixed blessings of being 20 and 21 and even 23,” Joan Didion wrote, “is the conviction that nothing like this, all evidence to the contrary notwithstanding, has ever happened to anyone before.”
But of course it has. Whether we are 20 — or 2 or 91 — we feel, by and large, what billions of others have felt at that same age. Writers know this. Our great books are filled with universal observations about our every year, their desperations and delights.
All of us age more or less in step — you, me and our two presumptive nominees for president. Donald J. Trump, who turned 70 last week, would no doubt recognize himself in the words of Isaac Bashevis Singer, who wrote, “A man of 70 should know what he wants.”
Still, not every passage can speak to every person. Hillary Clinton began her second bid for president at an age when such mountainous ambition is generally in decline. In a magazine article titled “Life at Sixty-Seven,” Theodore Dreiser wrote, “Fame, success, power, $500 million, world leadership — well, if they should arrive, I might not exactly take to cover, but as for lying awake nights craving them as in my youth I did — well, I really don’t care to any more.”
Nonetheless, the simple fact remains that age informs who we are. That fact is as relatable to our presidents as it is to the rest of us. And as we wait to see how age might shape a Trump or Clinton presidency, here is a sampling of observations about age that speak to the experiences of our last eight presidents.
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    Credit Illustrations by Lauren Tamaki
  2. Barack Obama was months shy of 46 when he announced his candidacy for president.
    At 46 one must be a miser; only have time for essentials.
    —Virginia Woolf, “The Diary of Virginia Woolf,” March 22, 1928
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  4. Bill Clinton was 51 when news of his affair with Monica Lewinsky broke.
    At fifty-one you had to keep running just to escape the avalanche of your own past. 
           —Stephen King, “Needful Things”
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  6. Jimmy Carter was 54 when, in a bid to put a finger on the nation’s problems, he gave his “Malaise” speech.
    At fifty-four, he thinks a lot of things, he believes a few, but what can he really claim to know?
    —Julian Barnes, “Arthur & George”
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  8. George W. Bush was almost 57 when he commenced his attack on Iraq.
    Fifty-seven; it’s a critical age … Desire is much the same as it ever was but satisfaction brings in its revenges.
    —Hjalmar Söderberg, “Doctor Glas”
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  10. Richard Nixon was 61 when he resigned as president.
    I might, at sixty-one years of age, have been a little inclined to stay at home.
    —Daniel Defoe, “The Further Adventures of Robinson Crusoe”
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  12. Gerald Ford was about to turn 62 when he slipped on a staircase in Austria; from then on he was lampooned as clumsy.
    He was turning sixty-two, not an age of life-altering shocks but only of subtle diminishments.
    —Paul Theroux, “The Lower River”

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  14. George H. W. Bush was 66 when he chose to upend Republican orthodoxy and raise taxes.
    At sixty-six I am more rebellious than I was at 16. Now I know the whole structure must topple, must be razed.
    —Henry Miller, “Art and Outrage”
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  16. Ronald Reagan was 70 when he survived an assassination attempt.
    You must take living so seriously
    That even at seventy, for example, you’ll plant olive trees
    And not for your children, either,
    But because although you fear death you don’t believe it,
    Because living, I mean, weighs heavier.
                              —Nazım Hikmet, “On Living”
    Joshua Prager, the author of “100 Years: Wisdom From Famous Writers on Every Year of Your Life,” is writing a book on Roe v. Wade.
    Lauren Tamaki is a designer and illustrator.

domingo, 26 de junho de 2016

Ao Domingo Há Música

           
                                       Acordo a ouvir o mar
                                       Que música remota 
                                       Me lembra esta de agora?
                                       Miguel Torga, in " Diário XV", Círculo de Leitores 

Os sons do   Jazz não  trazem  a fragrância da água do mar , mas podem levar-nos por oceanos remotos , em crescente e imperdível encantamento.
Assim acontece com a musicalidade  e beleza da voz de Dianne Reeves, uma reputada cantora de jazz. Nascida em Detroit, (USA)  a 23 de Outubro de 1956, tem uma longa carreira com actuações pelos palcos do mundo. Sendo uma das melhores vozes do Jazz , é considerada a sucessora  de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald.
Ei-la no Lotos Jazz Festival, Bielska Zadymka Jazzowa,Poland, 19.02.2014

● Tracklist:
- Tango
- I'm In Love Again
- Triste
- Waiting In Vain
- You Taught My Heart
- Satiated
● Personnel:
Dianne Reeves - vocals
Peter Martin - piano
Peter Sprague - guitar
James Genus - bass
Terreon Gully - drums

sábado, 25 de junho de 2016

Praias do Algarve


Sagres, 10 de Agosto de 1979 - Não. O infante não está ausente deste cenário. Já me convenci que sim. Mas reconsiderei, procurei-o melhor , e descobri-o finalmente no espanto recolhido de quantos  aqui vêm. As catedrais  também parecem vazias e Deus  mora lá dentro, espelhado no silêncio respeitoso de cada visitante.  Miguel Torga, in "Diário XIII", Círculo dos Leitores, p 1287
Sagres
Algarve: praias de um extremo ao outro da costa
A costa algarvia começa em pleno Parque Natural da Costa Vicentina, prolongamento do litoral alentejano. 
"Entre Odeceixe e Sagres quase não parece estarmos no Algarve, tais são as diferenças entre esta zona e o leste e centro algarvios. Uma área menos explorada, em que as escarpas imponentes escondem praias como Amoreira, Monte Clérigo, Arrifana ou Carrapateira. Algumas são como segredos a descobrir, acessíveis por caminhos escondidos. Mas a maioria é bem conhecida dos praticantes de surf e bodyboard, que aqui encontram as ondas de que gostam, como na Praia do Amado, palco de provas internacionais destas modalidades. 


Praia do Zavial

No Cabo de São Vicente junto a Sagres, o extremo sudoeste do continente europeu, o Algarve faz uma curva e o mar ganha um temperamento menos agitado. Esta metade oeste do Algarve é designada por barlavento. Aqui encontram-se praias de sonho enquadradas por rochedos dourados a que o mar deu formas extravagantes. Já que não conseguimos escolher a mais bonita sugerimos alguns nomes de areais a conhecer: Porto de Mós, Praia Dona Ana, Praia do Camilo, Alvor, Vau ou Carvoeiro
Ponta da Piedade - Lagos


A não perder mesmo, recomendamos a Ponta da Piedade, perto de Lagos, para uma das vistas mais espectaculares sobre as formações rochosas que se podem apreciar em detalhe num passeio de barco percorrendo grutas e algares. Segundo o jornal americano Huffington Post, pode muito bem ser a mais bonita praia em todo o planeta, ou a Praia da Marinha, que rodeada de falésias esculpidas pela erosão, foi considerada uma das cem mais belas do mundo. 
Praia da Rocha

É também entre Lagos e Faro que se encontram as praias mais cosmopolitas, com animação a prolongar-se pela noite dentro. Na Praia da Rocha em Portimão, nas Praias da Galé e da Oura em Albufeira e em Vilamoura, encontram-se os mais badalados espaços de diversão nocturna. E durante o dia não faltam propostas de lazer para usufruir da época balnear de uma forma mais activa nas Praias dos Salgados, São Rafael, Santa Eulália, Maria Luísa ou Falésia
Muito perto de alguns resorts exclusivos, Vale do Lobo, Ancão e Quinta do Lago possuem um ambiente glamoroso. Estão também nas imediações do Parque Natural da Ria Formosa - um tesouro ambiental feito de águas tranquilas, amplos areais e ilhotas quase desertas que se estende para leste até Cacela Velha
Na Ria Formosa, vai-se de barco até à praia, já que é preciso atravessar as suas águas para alcançar as do mar que banham as ilhas barreira, como a Barreta, a mais meridional do território português, uma autêntica praia deserta. Mas há outras ilhas a descobrir - da Culatra, da Armona, da Fuseta ou a ilha de Tavira que possui uma área reservada ao naturismo.
A oferta de praias continua até à foz do Rio Guadiana. Cabanas, Manta Rota, Altura, Praia Verde e Monte Gordo são areais enormes que se prolongam mar adentro com extensas áreas em que se tem pé, ideais para famílias com crianças. É o sotavento, o leste do Algarve, onde as águas mais quentes e tranquilas convidam a banhos que apetecem prolongar."

As  dez melhores praias da região do Algarve:
1. Praia de Odeceixe – Aljezur
"A praia de Odeceixe tem uma grande extensão de areal que permite longas caminhadas, especialmente na maré baixa. O rio Odeceixe desagua passando pelo lado direito da praia, marcando a fronteira entre a região do Alentejo e do Algarve.Pode-se escolher entre a praia do lado do oceano com um mar muito agitado, muito apreciado pelos surfistas, e a praia do lado do rio, muito mais calmo, ideal para as famílias. A praia tem boas instalações, banheiros, chuveiros, parque de estacionamento e um bar. Para apreciar a paisagem à volta da praia, sobe-se até ao topo das falésias pelas escadas de pedra localizadas no local
2. Praia da Bordeira – Carrapateira, Aljezur
Pouco frequentada, a praia da Bordeira convida-o a passar umas férias relaxantes longe das agitadas zonas turísticas. Localizada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano com um areal de 3 km, a praia é muito popular pelos amantes da natureza e pelas famílias.
O melhor acesso à praia está localizado a sul da praia. Ao lado do parque de estacionamento há uma passadeira de madeira, o que permite atravessar um pequeno riacho encostado à praia.
3. Praia do Tonel – Vila do Bispo
Ao lado da fortaleza de Sagres, a praia de Tonel é protegida dos ventos fortes que se fazem sentir nesta área pelas falésias que a rodeiam. É uma praia com boas condições para a prática do mergulho, do surf e para admirar o Cabo de São Vicente, o ponto mais a sudoeste da Europa. Encontra-se, na praia. um restaurante. O acesso à praia de Tonel   é pelas escadas situadas na falésia.
4. Praia da Rocha – Portimão
A Praia da Rocha é uma das praias mais turísticas do Algarve com cerca de 1 km de areal. Recebe milhares de turistas cada verão. Tem todas as infraestruturas necessárias para passar um belo dia na praia. À noite, é possível, para quem aprecia, divertir-se nos bares, discotecas e  no casino.
5. Praia da Marinha – Lagoa
A praia da Marinha é de uma grande beleza natural, considerada uma das melhores praias de Portugal. Está no top 100 das mais belas praias do mundo. Antes de ir para a praia apreciar a beleza das rochas e dos túneis naturais, qualquer um pode maravilhar-se com a vista no topo da falésia.
6. Praia de Quarteira – Loulé
A praia de Quarteira está localizada numa antiga aldeia de pescadores que se tornou uma vila turística cosmopolita, principalmente frequentada por turistas portugueses. Todas as infraestruturas necessárias para um bom dia de praia estão presentes, tais como vários restaurantes, bares e lojas. À noite, a rua marginal é muito animada com pequenas barracas e artistas de rua.
7. Praia da ilha da Armona – Olhão
Ilha da Armona
Como o seu nome indica, a praia está localizada na ilha da Armona, a 15 minutos do Continente. Para se chegar lá, deve-se  apanhar o barco que sai de Faro, Olhão ou Fuseta. Uma vez na ilha,  atravessa-se os labirintos de areia e os  lodaçais da Ria Formosa. A praia tem uma grande extensão de areal, onde  se pode passear e ao mesmo tempo observar a flora rica e aromática.
8. Praia do Barril – Pedras d’El Rei, Tavira
A bela praia do Barril está localizada na ilha de Tavira.Para  lá chegar terá de apanhar o pequeno comboio turístico ou atravessar a ponte a pé, e cerca de 1 km  até à praia. Aproveite o passeio para observar a fauna e a flora.
Desde as antigas casas de pescadores que foram convertidas em restaurantes e lojas  poderá ver o cemitério de âncoras que eram utilizadas, antigamente , na pesca do atum.
9. Praia da ilha de Cabanas – Tavira
Ao lado da pequena aldeia de Cabanas, a ilha com o mesmo nome tem uma praia estreita e longa de 7 km, ideal para quem gosta de praias pouco povoadas. Para aceder à praia, pode-se apanhar o barco do outro lado da Ria em Cabanas.
Mesmo sendo uma pequena ilha, oferece todas as comodidades necessárias para passar um belo dia na praia onde é possível  encontrar chuveiros e alguns restaurantes.
10. Praia de Manta Rota – Vila Real de Santo António
A praia de Manta Rota está localizada numa vila de pescadores que se tornou muito apreciada pelos turistas, ao longo dos anos. Com uma vasta extensão de areal, as passadeiras de madeira levam até bem perto da água.
Menos frequentada do que a vizinha praia de Monte Gordo, a praia de Manta Rota ainda oferece alguns sítios tranquilos, especialmente nas extremidades da praia. Como acontece com qualquer praia turística, existem todas as infraestruturas necessárias para um bom dia na praia." in Visit Portugal

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Algarve , Praias: