segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Roteiro "Do rio ao Mar, até à Cidade"


Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Um percurso que se inicia no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, onde existe a estátua de Soares dos Reis (1847-1889) esculpida pelo seu discípulo Teixeira Lopes.
1 - Seguir pela Estrada 222 até à Barragem de Lever, passando pelo miradouro da Igreja de Crestuma.
2 - Passagem por Olival até ao Mosteiro de Grijó fundado no século X, mas cujo aspecto actual é dos séculos XVI-XVII. Nele se admira, no claustro, o túmulo de D. Rodrigo Sanches, filho do rei D. Sancho I e de D. Maria Pais Ribeiro, morto numa batalha dada em Gaia em 1245.
3 - Partida para a Granja, passando pelo novo hotel e visitando os chalés desta praia onde veranearam reis, príncipes, nobres, banqueiros e escritores (Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro) e onde Pablo Casals conheceu (e se enamorou) de Guilhermina Suggia.
4 - Passagem pelas praias de Aguda, (centro piscatório) Miramar, Francelos, retomando a estrada 109 em direcção ao Candal.
5 - Passagem pelo Centro Histórico, onde se localizam as Caves de Vinho do Porto, para apreciar os barcos Rabelos fundeados no rio Douro, as esplanadas e as pontes.
6 - Depois de subir a Rua General Torres, onde se poderá admirar a enormidade dos armazéns do Entreposto do Vinho do Porto, o passeio terminará no Mosteiro da Serra do Pilar, construído nos séculos XVI e XVII e de onde se poderá ter uma soberba vista das cidades de Vila Nova de Gaia e do Porto.  
Pontos de Interesse
Barragem de Crestuma-Lever
A poucos quilómetros da cidade do Porto, a Barragem de Crestuma-Lever aproveita, desde 1985, os caudais do rio Douro e dos seus afluentes.
Com o nome Crestuma-Lever, alusivo a duas localidades vizinhas, esta barragem tem 25,5m de altura e 470m de comprimento.
Possui uma potência instalada de 117mw.
Numa altura em que o abastecimento público de parte significativa da população portuguesa é feito ou perspectiva-se que venha a ser feito a partir de albufeiras, torna-se muito interessante conhecer o funcionamento destes sistemas de produção de energia e os pormenores destas grandiosas obras de arquitectura.

Jardim Botânico da Universidade de Coimbra 

Mandado construir pelo Marquês de Pombal, em 1772, para funcionar como laboratório de botânica (“história natural”) da Universidade de Coimbra e desenhado por artistas italianos (Vandelli e Della Bella), tem uma parte de mata e seis socalcos com várias estufas, lagos, tanques e fontes. À entrada do Jardim está a estátua de Avelar Brotero, primeiro director do Botânico, da autoria de Soares dos Reis. 
Mosteiro da Serra do Pilar
Considerado pela UNESCO, Património da Humanidade, o Mosteiro da Serra do Pilar, verdadeiro ex-libris de Gaia, é o monumento de maior relevo na freguesia de Santa Marinha. A primeira pedra foi lançada em 28 de agosto de 1538 (dia de Santo Agostinho) pelo Bispo D. Baltazar Limpo, no reinado de D. João III.
A Igreja actual foi iniciada em 1598 e acabada apenas em 1672, ficando do antigo convento a torre sineira e o dormitório que atualmente pertence ao Regimento de Artilharia.
A Igreja é circular, bem como o claustro, e são uma cópia da igreja de Santa Maria Redonda, de Roma. O claustro, com 36 belas colunas jónicas, é também circular e foi concluído em 1692.
Mosteiro do Grijó

Cerca do ano 922 foi erguido um Mosteiro que ficou a chamar-se Eclesiola. Pelo decorrer do tempo denominou-se Mosteiro de Egrejinha, de Egrijó e mais tarde de Grijó. Em 3 de Outubro de 1093, o Bispo de Coimbra pôs ao convento o nome de Mosteiro de S. Salvador de Eclesiola. Em 1549 passa a chamar-se S. Salvador de Grijó. O Mosteiro serviu de hospital aquando da batalha com as tropas francesas no Picôto. Existe ainda uma cruz que passa despercebida, num recanto à entrada do terreiro. Ai foi o cemitério dos vivos e mortos, dado que naquele tempo, o inimigo não era poupado. Os feridos portugueses vinham para o Mosteiro transformado em hospital. Os mortos e feridos estrangeiros eram lançados em valas abertas naquele terreno. Daí, o cemitério de vivos e mortos. Criminoso que se refugiasse em terras de Grijó, ficava sob a justiça do Mosteiro e só com o beneplácito deste é que lá podia ser procurado por outras justiças." CNC

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