segunda-feira, 9 de maio de 2016

O admirável Universo


Teoria do Big Bang - A grande explosão
A teoria do Big Bang é actualmente a teoria mais aceite pela grande maioria dos cosmólogos para explicar como foi o início do Universo. O termo Big Bang sugere-nos a ideia que o Universo começou com uma Grande Explosão. O Universo seria inicialmente extremamente quente e denso, e ao longo dos muitos milhões de anos foi pouco a pouco arrefecendo e tornando-se menos denso, até chegarmos à situação Actual.
A teoria do Big Bang surgiu inicialmente na década de 1920, proposta de forma independente por Alexander Friedmann e por Georges Lemaître, tendo também o físico George Gamow dado um contributo decisivo para esta teoria. Alexander Friedmann concluiu que as equações da Teoria da Relatividade Geral de Einstein previam um Universo em expansão. Georges Lemaître defendeu que o Universo começou com uma explosão chamando a esta teoria de “hipótese do átomo primordial”. Ele defendia a ideia que o Universo estava a expandir-se em consequência da grande explosão do início do Universo.
Em 1929, o astrónomo Edwin Hubble descobriu que as galáxias estão a afastar-se uma das outras, e quanto maior a distância entre elas maior a velocidade com que elas se afastam. A descoberta de Hubble dava assim base observacional para a teoria do Big Bang.
Em 1965 dá-se outra descoberta importante que viria reforçar a credibilidade da teoria do Big Bang. George Gamow, Ralph Alpher e Robert Herman tinham previsto que deveria ainda de existir uma radiação electromagnética criada nos primórdios do Universo que preencheria todo o Universo, radiação essa resultante da Grande Explosão (Big Bang). No referido ano de 1965, Arno Penzias e Robert Wilson detectaram essa radiação cósmica de fundo em micro-ondas, conforme previa a teoria.
A teoria do Big Bang ganhava cada vez mais credibilidade em detrimento de uma teoria rival chamada de teoria do estado estacionário (ou modelo do estado estacionário). Esta teoria do estado estacionário caiu em descrédito para a esmagadora maioria dos cosmólogos.
Durante muito tempo houve um intenso debate entre aqueles que defendiam que o Universo existia eternamente, nunca teria tido um início, e entre aqueles que defendiam que o Universo tinha tido um início. De facto, as evidências apontam fortemente para que o Universo teve um início, não existiu desde sempre. Ou seja a ideia da criação ganhou à ideia de que o Universo existe eternamente. A ideia bem fundamentada de que o Universo teve um início envolve não apenas questões científicas mas também questões teológicas, que não iremos aqui desenvolver.
WMAP – Fundo Cósmico de Microondas
Com o objectivo de conhecer melhor a radiação cósmica de fundo, em 1989 foi lançado para o espaço o satélite COBE (Cosmic Background Explorer) que, através dessa radiação, permitiu-nos ter acesso a um mapa onde podemos observar como era o Universo nos seus primórdios, quando tinha aproximadamente 380.000 anos. O COBE detectou flutuações muito pequenas de temperatura na radiação cósmica que estão relacionadas com a criação das estrelas e galáxias.
O satélite COBE permitiu-nos conhecer muito mais sobre o início do Universo. Entretanto teve um sucessor, o WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) lançado para o espaço em 2001, munido de instrumentos mais precisos que os do COBE, permitiu-nos ter acesso a um mapa do Universo primordial muito mais preciso. Entre as inúmeras descobertas feitas por intermédio destes satélites, uma deles tem a ver com a possível idade do Universo. Actualmente estima-se que o Universo tem possivelmente cerca de 13,7 mil milhões de anos.
A teoria do Big Bang com o tempo foi ganhando cada vez mais defensores, e ainda que alguns possam contestar a sua validade, a teoria do Big Bang é aceite pela maioria da comunidade cientifíca. Tudo indica que a teoria do Big Bang veio para ficar.
Um aspecto importante a ter em conta, é que quando falamos no Big Bang (Grande Explosão), temos que ter em mente que não se trata de uma explosão que ocorreu num espaço vazio, pois não existia esse espaço vazio para além do Universo. Todo o Universo estaria concentrado num pequeno ponto, sem existir espaço exterior a ele. A “explosão” é na verdade a expansão repentina desse pequeno ponto." Patrick Francisco, in Astronomia
Europa
Europa – Satélite de Júpiter
"Europa, o quarto maior satélite natural do planeta Júpiter. Uma das 4 luas de Júpiter descobertas por Galileu em 1610 quando este apontou o recém-inventado telescópio para o planeta Júpiter. Já se passaram mais de 4 séculos desde sua descoberta, já descobrimos muitas coisas, mas ainda muito temos a descobrir sobre Europa.
Europa tem cerca de 3121 km de diâmetro, sendo um pouco mais pequeno que a nossa Lua. Europa, Ganimedes, Io e Calisto formam o grupo dos 4 maiores satélites do planeta Júpiter, satélites esses que também são conhecidos como luas galileanas, visto terem sido descobertos por Gaileu Galilei.
A lua Europa orbita a uma distância média de cerca de 671.000 km do planeta Júpiter, demorando um pouco mais de 3,5 dias terrestres a completar uma volta ao planeta. Esse é o mesmo tempo que demora a completar uma rotação (uma volta sobre si próprio), fazendo com que Europa tenha sempre o mesmo lado voltado para Júpiter.A superfície de Europa é composta por gelo. É uma superfície brilhante, muito lisa, com poucas crateras, e com um número significativo de riscos coloridos. Dada a sua distância ao Sol, a temperatura média em Europa deverá rondar os -171 ºC. Apesar dessa baixa temperatura, acredita-se que por baixo da crosta gelada deste satélite de Júpiter, exista um oceano de água salgada com várias dezenas de km de profundidade. A fonte de calor necessária para fazer com que exista água em estado líquido por debaixo da superfície gelada de Europa possivelmente é devido às forças de maré, ou seja, resulta da força de gravidade que Júpiter e os satélites Io e Ganimedes exercem sobre Europa.
Foram várias as sondas espaciais que chegaram a Júpiter e que também visitaram a sua lua Europa, aumentado assim o nosso conhecimento sobre este interessante satélite. Essas missões espaciais foram: Pioneer 10 e Pioneer 11, Voyager 1 e Voyager 2, Galileo, e a New Horizons na sua passagem a caminho de Plutão.”Patrick Francisco, in Astronomia

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