terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Publicações e eventos culturais

Último número
Colóquio/Letras n.º 191
Número 191 (Janeiro 2016) — GUERRA
 Há cem anos, em Março de 1916, Portugal declarava guerra à Alemanha entrando assim, oficialmente, na I Guerra Mundial. Uma declaração de guerra não é um aniversário para festejar, mas pode constituir uma oportunidade para pensar a forma como a literatura reflectiu situações extremas de conflito.
Num mundo em que as consequências de novas e mais terríveis guerras estão à vista de todos, não será inoportuno este tema tratado por ensaístas que evocam momentos diversos da nossa literatura (sobretudo dos séculos XIX e XX) e para cuja ilustração José Pedro Croft cedeu um sugestivo conjunto de imagens.
Os ensaios aqui reunidos abrem-nos novas perspectivas sobre autores e épocas que vão das invasões napoleónicas à guerra colonial, passando pelas lutas civis de 1820-1834 e pelas duas guerras mundiais, a que se junta também um estudo sobre as representações da guerra nas adaptações juvenis d’Os Lusíadas. Cinco cartas de Almeida Garrett a Rodrigo da Fonseca, do período da Patuleia, são apresentadas e anotadas por Sérgio Nazar David.
À parte o tema principal, a revista inclui ainda artigos sobre a figura de Cleópatra n’Os Lusíadas (Luiza Nóbrega), Fernando Pessoa e o Islão (Fabrizio Boscaglia), a “farmácia poética” de Herberto Helder (Pedro Serra) e o escritor brasileiro Reinaldo Moraes em confronto com Sade (Eliane Robert Moraes). Completam este número poesia de Miguel Martins e Tatiana Faia e as habituais secções de Notas & Comentários e Recensões Críticas. Em separata, um importante estudo de Rita Marnoto sobre a introdução de novas formas métricas por Sá de Miranda."
Leia o  Sumário
Exposição Wentworth-Fitzwilliam. Uma Colecção Inglesa
Até 28 de Março, Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian
Cinquenta e seis obras da Colecção Fitzwilliam, uma das mais prestigiadas colecções privadas de arte do Reino Unido, podem ser vistas nesta exposição inédita. Uma oportunidade única para admirar obras de mestres como Anton van Dyck, Sir Joshua Reynolds, Salomon van Ruysdael, e ainda George Stubbs, artista que se celebrizou no Reino Unido pelas suas monumentais pinturas de cavalos.
Luísa Sampaio, curadora da exposição, destaca três obras da exposição. Saiba quais AQUI
"A Casa da América Latina recebe o curso “Brasil? Brasis!!!”, que se realiza no próximo dia 19 de Fevereiro, a partir das 18h30. Com selecção e apresentação a cargo do jornalista João Morales, a iniciativa percorre várias décadas e escolas musicais oriundas do Brasil.
O curso contempla distintos géneros e artistas, muito para além das figuras mais mediáticas e mediatizadas de um país cuja riqueza e diversidade sonora tem vindo a ser demonstrada ao longo de várias épocas e diferentes abordagens.
O intuito é o de trazer ao conhecimento do grande público nomes consagrados (como Cássia Eller, Naná Vasconcelos ou Tom Zé), mas também outros que, mesmo no seu país, merecem uma maior divulgação pela originalidade do seu trabalho (como Alfa Sigma, Itamar Assumpção ou Zélia Barbosa).
O valor da inscrição no curso é de 8 euros e deve ser confirmada através do email jmorales6969@hotmail.com ou pelo telemóvel 91 773 77 40."
Exposição “Um Palco sobre o Atlântico”
"A Casa da América Latina inaugurou no dia 21 de Janeiro, pelas 19h00, a exposição “Um Palco sobre o Atlântico”. José Carlos Alvarez, curador da exposição e director do Museu Nacional do Teatro e da Dança (MNTD), apresentou aos visitantes a selecção fotográfica que estará patente na Casa da América Latina (CAL) até dia 1 de Abril de 2016. As fotografias do evento podem ser consultadas no link abaixo.
O espólio do MNTD reunido na CAL é composto por “documentos que contam dezenas de histórias”, refere Alvarez. Esta, que é “uma história que muito poucos conhecem”, é feita de fotografias, recortes de jornais e outros materiais, que retratam a presença dos actores portugueses em palcos do Brasil, Argentina ou Uruguai no início do século XX.
“Durante quase um século, entre 1850 e 1950, praticamente todos os actores e as mais importantes companhias portuguesas de teatro atravessaram o Atlântico”. O facto, relatado por Alvarez, levou a que muitos dos protagonistas destas imagens passassem largas temporadas nos países da América do Sul, e mesmo nos grandes transatlânticos, onde prosseguiam as suas carreiras artísticas e vidas pessoais.
“Também a bordo havia uma distinção de classes. As companhias privilegiadas viajavam melhor”, afirma, socorrendo-se de uma das imagens, que exibe um jantar na primeira classe, ou de outras que registam festas à passagem pelo Equador. Alvarez explica que as grandes companhias procuravam países como o Brasil pelos seus equipamentos e instalações, avançadas para a época, mas também pelo encontro com um público mais receptivo e cosmopolita.
O director do MNTD lembra a importância do registo para a consolidação das memórias exibidas: “Havia uma prática de tirar fotografias e escrever memórias. Quase todos os actores escreviam, o que é uma parte importante para o registo da história do que está aqui exposto”. As fotografias, doadas pelos actores ou respectivas famílias, à excepção de uma parte menor adquirida em leilões, são “uma pequeníssima parte do que existe, a maioria tirada nos países de destino ou mesmo a bordo desses paquetes”, refere.
A “hipótese meramente teórica”, tal como expõe, de um destes navios se ter afundado, implicaria a morte de companhias inteiras. Esta intensidade das migrações temporárias reflecte-se ainda na propagação de doenças tropicais, que acabavam por afectar muitos actores e às quais outros tantos pereciam.
Nas palavras de Alvarez, “a exposição pretende evocar este permanente vai e vem, que caracterizou a vida teatral portuguesa desse tempo e que consolidou, talvez como nunca antes, as relações culturais e artísticas entre estas duas nações” (Portugal e Brasil).
O diálogo com os presentes levou ainda a uma comparação com a realidade actual, na qual se pode identificar um fluxo contrário, com a ascensão de grandes actores brasileiros, muito aclamados em Portugal, em grande parte devido à influência das telenovelas. Alvarez lembra ainda Raul Solnado como o último grande actor no Brasil, lugar onde também este viveu e constituiu família."
As fotografias da inauguração podem ser vistas aqui.
ACTIVIDADES EDUCATIVAS
Domingo, 14 de Fevereiro
Vários espaços da Fundação Calouste Gulbenkian
Bem-me-quer, mal-me-quer, muito pouco ou nada....
Um dia especial para celebrar o amor
E que tal saber como acasalam as aves?
Ou entender se os deuses também expressam o amor como os humanos?
Com actividades para todas as idades, Bem-me-quer, mal-me-quer, muito, pouco, nada, responde a estas questões do amor e convida a celebrar o Dia dos Namorados entre o Jardim, os Museus e o Grande Auditório.
Consulte  aqui  a programação completa.
 O MEU VIZINHO É JUDEU I SÓ ATÉ 28 DE FEVEREIRO
“Desculpe, você é judeu? É que eu gostava de saber o que é isso. Talvez me pudesse dar umas luzes”.
O judeu é Miguel Guilherme, o vizinho curioso é Bruno Nogueira e este encontro acontece no átrio de um prédio parisiense, mas poderia acontecer em qualquer cidade, como aquela em que se encontra em cena este espectáculo.
O Meu Vizinho é Judeu é, acima de tudo, uma peça sobre o desconhecimento, o preconceito, o desentendimento e um dos receios mais intemporais: o medo do outro!
Mas porque o humor e o riso podem ser grandes aliados, o Meu Vizinho é Judeu é, também, uma mensagem de esperança, sobre duas pessoas diferentes que aprendem a coabitar.
Texto Jean-Claude Grumberg Encenação Beatriz Batarda Assistente de Encenação Ana Brandão
Tradução Diogo Dória Cenário Wayne dos Santos Figurinos José António Tenente
Desenho de Luz Nuno Meira Sonoplastia Sérgio Milhano Produção Força de Produção
Interpretação BRUNO NOGUEIRA e MIGUEL GUILHERME
Auditório do Casino Estoril
5ª a sábado às 21h30 I Domingos às 17h
Preço único: 16€
DEIXEM O PIMBA EM PAZ
COM A ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS
Intenso, grandioso e desenvergonhadamente bem humorado, é o mínimo garantido que se pode esperar deste espectáculo. Dia 13 de Fevereiro, Deixem o Pimba em Paz com a Orquestra Filarmonia das Beiras: um concerto único!
Coliseu do Porto
Sábado, 13 de Fevereiro I 22h
Bilhetes à venda na Fnac e na Ticketline
Preços: a partir de 12€
Il Barbiere di Siviglia
Drôle et insolent
Transcendant l’esprit de la comédie de Beaumarchais comme le genre de l’opera buffa,Rossini orchestre la rencontre de la satire et de l’absurde. Sa musique virtuose au rythme effréné inscrit les effets comiques dans une dramaturgie continue.
Le metteur en scène Damiano Michieletto épouse ce mouvement perpétuel,emportant le couple en or formé par Lawrence Brownlee et Pretty Yende.
Du 02 février au 04 mars 2016 à l’Opéra Bastille.
Il Trovatore
Une tragédie flamboyante
 Composée entre Rigoletto et La Traviata, Il Trovatore est une tragédie nocturne d’une fulgurance inédite où le destin se joue des hommes pour mieux assouvir leurs désirs vengeurs. Giuseppe Verdi puise dans les travers les plus excessifs et mystérieux de la nature humaine et signe une œuvre résolument romantique,d’une obscurité fascinante. Anna Netrebko porte cette cantilène extatique à incandescence, entourée d’Ekaterina Semenchuk, Marcelo Alvarez et de Ludovic Tézier,  dans une nouvelle mise en scène d’Alex Ollé.
Du 28 janvier au 15 mars 2016  à l’Opéra Bastille
Bel / Millepied / Robbins
Trois grands moments de chorégraphie
Jérôme Bel revient avec Tombe, une nouvelle création mêlant danseurs
et non-danseurs, invitant chacun à une réflexion sur son travail, son identité,sa place dans la compagnie et dans la société. Benjamin Millepied propose sa sixième création avec La Nuit s’achève, chorégraphiée sur l'Appassionata de Beethoven.
Enfin, Les Variations Goldberg, chef-d’œuvre de Jerome Robbins et pièce majeure du chorégraphe américain fait son entrée au répertoire du Ballet de l’Opéra et vient ainsi conclure une soirée portée à son plus haut degré d’excellence.
Du 05 au 20 février 2016  au Palais Garnier. 

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