terça-feira, 18 de agosto de 2015

Notícias avulsas

Quer ouvir o som dos quadros da National Gallery?
Quer ouvir o som dos quadros da National Gallery?

"É assim que soa o quadro “Coastal Scene”, de 1892, da autoria de Theo van Rysselberghe? É, segundo Jamie XX, um dos membros do conhecido grupo XX. Isto porque o músico britânico integra uma iniciativa da National Gallery de Londres: seis quadros expostos em seis salas à prova de som.
Cada uma das obras inspirou a criação de uma composição musical exclusiva, num audacioso exercício de reinterpretação. Chama-se Soundscapes esta mostra.
“Convidámos dois autores do panorama artístico contemporâneo, dois compositores de música clássica e depois decidimos ampliar o espetro, e escolhemos um técnico de som. No outro extremo deste leque, está alguém que está no apogeu do som urbano, que é o dj Jamie XX”, explica a curadora, Minna Moore Ede.
O jovem compositor americano Nico Muhly criou uma espécie de resposta auditiva para aquela que é a sua peça museológica favorita, o “Díptico de Wilton”, uma obra do século 14, retratando a Virgem Maria, Jesus e São João Batista. O retábulo foi criado para Ricardo III de Inglaterra.

Muhly afirma que tentou fazer algo “que não caísse no caricatural. Não se trata de fazer associações imediatas. A minha ideia foi mais de rodear o objeto com algo que está sempre em movimento. Trabalhei com um músico chamado Jethro Cooke para garantir que tudo se desloca devagar. Se fosse arte em 360 graus, também a teríamos de contornar para viver a experiência.”
A artista britânica Susan Philipsz criou um acompanhamento para “The Ambassadors”, feito no século 16 por Hans Holbein, o Jovem. A Gabriel Yared, o conhecido compositor responsável por bandas sonoras de filmes como “O Paciente Inglês”, coube “As Banhistas”, de Paul Cézanne.
“Soundscapes” – para ver e ouvir até 6 de setembro.

Mais informação sobre

CCB- Concertos no Jardim das Oliveiras - 28 de Agosto
Durante todo o mês  de Agosto o CCB estará a funcionar em pleno, com os seus restaurantes, lojas  e jardins preparados para receber os visitantes com concertos.
CCB.
1ª parte
Ricardo Pinto Trio

Ricardo Pinto trompete
Oscar Graça piano e teclado
Vasco Furtado bateria
Este projecto assenta na base de improvisação colectiva e feita a partir de ideias que passam por sugestões melódicas, harmónicas e rítmicas que possam construir uma ideia de tema ou temas, inspira-se essencialmente na fase musical de Miles Davis na década de 70.
2ª parte  DJ NERY
DJ desde 2003, é já um talento reconhecido no panorama musical português.
Começou o seu trabalho como DJ profundamente envolvido com o Drum n' Bass, mas cedo escutou as suas raízes vindas do Jazz e envolveu-se ainda mais com a música negra.
Os seus sets de Funk proporcionam momentos únicos acompanhados de pitadas de scratch, a partir de uma selecção de discos retirados de colecções exclusivas. No entanto, Nery é sinónimo de música contemporânea e as suas viagens musicais são também conduzidas pelo vasto espectro da música electrónica, dos future beats ao hip hop clássico.
DJ KWAN
Para Kwan, músico, letrista, jornalista, animador de rádio e desde 2007 Music Programmer da MTV Portugal, tudo começou na década de 80, período em que Afrika Bambaata e A Tribe Called Quest, as suas primeiras memórias musicais, acabariam por influenciar o percurso de uma das maiores referências do deejaying nacional, que em 2013 comemorou 15 anos de carreira.
Ainda muito novo, começou por misturar rock, numa primeira fase, e depois disso todos os vinis que conseguia encontrar. O envolvimento com a cultura Hip-Hop aconteceu nos anos 90, dedicando-se oficialmente ao scratch a partir de 1998."
Coprodução | CCB | NCS
Rafael Chirbes na sua passagem por Lisboa há dois meses
Rafael Chirbes na sua passagem por Lisboa há dois mesesFotografia © Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
Morreu o escritor espanhol Rafael Chirbes

"Em Junho esteve na Feira do Livro de Lisboa a apresentar o seu mais recente livro, Na Margem. Morreu este sábado aos 66 anos. Tinha-lhe sido diagnosticado um cancro no pulmão no início da semana.
Uma morte que foi uma surpresa. O cancro no pulmão, irreversível, foi detectado na passada segunda feira no hospital, segundo o El Pais. Rafael Chirbes, considerado um dos melhores escritores de literatura contemporânea da actualidade, morreu passados 5 dias.
Em Junho, aquando da sua passagem por Lisboa, deu uma entrevista ao DN. Veio lançar Na Margem (Assírio & Alvim), então acabado de traduzir para português, considerado livro do ano por vários jornais espanhóis. Disse admirar Camões, Torga e Eça de Queirós - "um dos maiores escritores do mundo". Sobre os seus livros disse:"Nunca tenho um plano de escrita. Aliás, enquanto estou a escrever não sei do que trata o livro nem como acaba. Ao chegar ao fim, dou-me conta de qual era o tema", disse.
Vivia num povoado para onde se exilou, Beniarbeig, nos arredores de Valência com os seus dois cães e dedicava-se à escrita.
Ganhou o Prémio Nacional de Crítica em 2007 e o Prémio Nacional de Narrativa em 2014, entre outros."

Avalanche de migrantes tenta atravessar a Macedónia
"Estas cenas repetem-se diariamente em Gevgelija, na Macedónia, junto da fronteira grega. Centenas de migrantes, a maioria sírios, mas também afegãos e iraquianos, tentam forçar portas e janelas para entrar nos comboios que partem rumo à Sérvia.
Contam passar a fronteira sérvia e depois entrar na Hungria, país do espaço Schengen, a zona europeia de livre circulação.
“A minha ambição é viver num lugar onde o meu filho e a minha mulher estejam bem e eu tenha trabalho”, diz um homem vindo da Síria. Foge de uma vida pior, mas que não corresponde exatamente às suas esperanças: “Não peço ajuda na Europa. Tenho qualificações para trabalhar e trabalharei assim que obtiver permissão para isso.”
Até julho passado, desde o início do ano, entraram na Hungria 57 mil migrantes.
Para travar esta avalanche, Budapeste quer construir um muro na fronteira húngara e a notícia fez nas últimas semanas multiplicar o número de clandestinos que entram na Grécia.
Só no mês passado, foram cerca de 38 mil, os clandestinos que entraram na Macedónia.
As redes de traficantes fazem fortuna. Os passadores na Turquia recebem cerca de mil euros por cada adulto e 600 por criança que metem em barcos rumo às ilhas gregas do mar Egeu."

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