segunda-feira, 15 de junho de 2015

Notícias das Letras e da Cultura

Luísa Costa Gomes vence Grande Prémio de Literatura dst
"A escritora Luísa Costa Gomes venceu por unanimidade a edição de 2015 do Grande Prémio de Literatura dst com a obra Cláudio e Constantino
Em comunicado enviado ontem à agência Lusa, a dst, empresa na área da construção sediada em Braga, adianta que a edição de 2015, a vigésima daquele galardão, contou com mais de 135 candidaturas tendo sido a "mais concorrida de sempre".
Nascida em Lisboa, em 1954, Luísa Costa Gomes, licenciada em Filosofia é professora do Ensino Secundário, contista, romancista, dramaturga, dramaturgista, guionista, tradutora e cronista tendo publicado cinco romances, seis volumes de contos, dois libretos e dez peças de teatro, entre as quais Nunca Nada de Ninguém, Clamor (sobre textos do Padre António Vieira), O Céu de Sacadura e O Último a Rir.
Em Cláudio e Constantino, realça o júri, a autora "evidencia de singular maturidade e inovação no domínio das soluções narrativas, congruência interna, escrita de invulgar precisão e engenho semântico-formal" sublinhando ainda " um poder encantatório, fabular e problematizador".
A obra premiada, esclarece o comunicado, "é uma novela rústica em paradoxos, com raízes não só em Voltaire e na Condessa de Ségur, mas também em Sterne, em Proust, na tradição romântica e nas Mil e Uma Noites".
É um texto, lê-se, "usa um dispositivo ficcional paródico e humorístico para apresentar e brincar com alguns dos paradoxos clássicos da História da Filosofia, numa obra que propõe um universo utópico, afectuoso e leve, onde dois irmãos se deparam a cada momento com as grandes e pequenas questões que o conhecimento do mundo permanentemente lhes coloca".
Instituído em 1995, o Grande Prémio de Literatura dst assume-se "enquanto veículo de progresso social" e uma "impulso decisivo para que os autores nascidos e residentes em Portugal descubram um porto seguro para a sua criatividade e uma âncora para projectos futuros".
A distinção, com um valor pecuniário de 15 mil euros, será entregue no próximo dia 3 de julho, no Theatro Circo, em Braga, num evento integrado na Feira do Livro."DN,04.06.2015

DEBATES

20 e 21 de Junho

Jardim Gulbenkian | Entrada livre
Em 2015, a Festa da Literatura e do Pensamento do Próximo Futuro apresenta cinco debates em que serão discutidas as questões de natureza política e artística colocadas nas regiões do Mediterrâneo e na América Central, e outras “zonas de contacto”. Os debates realizam-se na Casa-Arquivo, uma construção temporária no Jardim Gulbenkian.
saiba mais Festa da Literatura 
Pinturas de artista português vão decorar a ponte "dos cadeados do amor" em Paris
Os cadeados deixados por casais apaixonados na ponte das Artes, em Paris, estão a ser retirados para serem substituídos por painéis com pinturas de quatro artistas, um deles o português Pantónio.
Pantónio contou à Lusa que esteve a pintar "os painéis que vão substituir os painéis de cadeados". "Durante seis meses a ponte terá, de um dos lados, a minha decoração".
O processo de retirada de centenas de milhares dos chamados "cadeados do amor"  já se iniciou. A Ponte das Artes, com cerca de 155 metros, que atravessa o Sena em frente ao Museu do Louvre, é conhecida pelos cadeados que casais colocaram ao longo do gradeamento, para selar a sua união, antes de deitarem a chave ao rio.
De acordo com o vice-presidente da Câmara de Paris, citado pela agência France Presse, serão removidos "cerca de um milhão de cadeados, o que representa perto de 45 toneladas".
Os painéis de arte urbana da Ponte das Artes também contarão com obras dos franceses Jace e Brusk e do franco-tunisino El Seed, além de Pantónio, todos convidados pela autarquia parisiense, em conjunto com a galeria Itinerrance. As obras ficarão expostas temporariamente, já que estes painéis serão substituídos por outros, de acrílico, a serem instalados depois do verão.
A galeria Itinerrance representa Pantónio, depois de este ter colaborado no projeto "TOUR PARIS 13", no qual participaram mais de cem artistas urbanos, entre os quais onze portugueses, que "ocuparam" um prédio de dez andares, entretanto demolido, na capital francesa.
No ano passado, Pantónio pintou, também em Paris, aquele que foi apresentado como "o mural mais alto da Europa".
A obra ocupou os 66 metros de altura e 15 metros de largura da fachada lateral de um prédio, no 13.° bairro de Paris, e apresenta uma espiral de peixes em turbilhão, que rodam em torno de umas cordas ancoradas ao chão.
No ano passado, em junho, o peso dos cadeados fez cair parte do gradeamento da ponte, obrigando à sua evacuação e ao seu encerramento temporário. A queda de uma secção de 2,40 metros não causou vítimas.
Em Paris, os cadeados, que em 2010 já cobriam a totalidade do gradeamento da Ponte das Artes, espalharam-se por outras pontes, tendo até sido alguns removidos do topo da Torre Eiffel.
A moda dos "cadeados do amor", que chegou à Ponte das Artes em 2008, existe noutros países, como Alemanha, Rússia, China e, em larga escala, em Itália.”DN
Lisboa sobe lugares no Global Destinations Cities Index da MasterCard
"O Global Destinations Cities Index da MasterCard é um ranking internacional relativo aos destinos mais procurados por visitantes internacionais. Na edição de 2015 Lisboa sobe três lugares no ranking internacional e um lugar no europeu.
Lisboa encontra-se neste momento no número 35 do ranking internacional, no que representa um acréscimo na procura de 4,9% com 3.564.041 visitantes, comparativamente ao ano de 2014. Porém nota-se uma descida relativamente a despesas realizadas por estes mesmos visitantes, na ordem dos 0,3%, uma quebra de cerca de 6 milhões de dólares. Decresce também a média gasta por visitante, dos 541 para os 515 dólares. A nível europeu é mais procurada do que cidades como Budapeste, Bruxelas, Zurique e Moscovo.

Londres é novamente o número 1 da tabela, com um total de 18.815.185 visitantes internacionais, mais 6% do que em 2014. Seguem-lhe, em ordem decrescente, Banguecoque, Paris, Dubai e Istambul, no top5. Nos Estados Unidos da América a cidade mais visitada, por turistas internacionais, é Nova Iorque no sexto lugar da tabela, e na América Latina a cidade de Lima, que ocupa o número 32.

Como tendência nota-se a alta procura da Ásia e Pacífico, com cinco das dez cidades no top10. Na Europa as cidades preferidas continuam a ser Londres, Paris, Istambul, Barcelona, Amesterdão e Roma. No Médio Oriente e África o Dubai situa-se consideravelmente acima da segunda cidade mais procurada, Joanesburgo na 29ª posição. O mesmo se verifica na América do Norte com os Estados Unidos, nomeadamente Nova Iorque, significativamente acima da primeira cidade do Canadá, Montreal no 54º lugar."

S.S.C. , 04/06/2015
The Lisbon MBA e Turismo de Portugal lançam concurso de ideias mundial
"Denominado “Tourism Innovation Competition”, o concurso de ideias visa encontrar uma ferramenta de análise do comportamento dos turistas. Os detalhes foram ontem apresentados em Lisboa, numa sessão em que foi assinado o protocolo entre o Turismo de Portugal e o The Lisbon MBA (MBA da Nova School of Business and Economics e da Católica-Lisbon School of Business and Economics).
O concurso de ideias mundial irá premiar o projecto que apresente, de forma mais inovadora, uma solução que permita medir o comportamento dos turistas, respondendo a questões como “onde vão, o que fazem, quanto gastam?”, uma informação que é de grande valor para os agentes das várias áreas do turismo.
O objectivo, segundo avançou Daniel Traça, Dean da Nova SBE, passa por “pôr o conhecimento e a experiência do Lisbon MBA ao serviço do turismo”, ajudando o sector e as suas empresas a tornarem-se mais competitivas.
Como foi pormenorizado por Pedro Oliveira, director Académico do The Lisbon MBA, será valorizada a proposta que melhor identificar ferramentas que permitam a medição e a utilização de mecanismos inovadores como crowdsorcing e datamining das redes sociais, dispositivos móveis ou operadores de telecomunicações que possibilitem a recolha e análise destas informações.
Serão escolhidas três propostas finalistas que serão apresentadas numa conferência no mês de Setembro em Lisboa, onde se irá debater a importância da inovação para a gestão. O vencedor receberá um prémio de 10 mil euros, sendo que os outros dois finalistas receberão dois mil, cada.
Os interessados no concurso poderão obter mais informação em www.thelisbonmba.com/tourism-innovation-competition."
M.F., Turisver

NOVA EXPOSIÇÃO
De 19 de Junho a 26 de Outubro

CAM- Fundação Calouste Gulbenkian


Encontro entre os acervos de três instituições da Pensinsula Ibérica, em que a selecção de obras é guiada pelas ideias de tensão e liberdade, abordadas tanto num sentido político e social como artístico. Estão representados artistas como Bruce Nauman, Antoni Muntadas, Richard Hamilton, Ana Hatherly e João Abel Manta, entre outros.
Livros do Brasil lançou a 4 de Junho a recuperação de mais duas obras do seu extenso catálogo, Ilhas na Corrente, de Ernest Hemingway, e A Esperança, de André Malraux.

Ilhas na Corrente – Ernest Hemingway
«Refugiado na tranquila ilha de Bimini, na corrente do Golfo, o pintor americano Thomas Hudson vê a sua rotina de trabalho alterada com a chegada dos três filhos para umas férias de verão, corre então a década de 30. E a sua vida não mais será a mesma. Acompanhando-o até aos mares da costa de Cuba nos dias da Segunda Guerra Mundial, Ilhas na Corrente traça um retrato comovente do percurso interior de um homem que é um artista e um aventureiro, à semelhança do próprio Hemingway, que acaba enredado no que a existência tem de trágico e absurdo.
LB-Aesperança
A Esperança – André Malraux
«Os fascistas de Franco apertam o cerco a Madrid. Vindos de diferentes pontos do mundo, homens aventureiros e apaixonados juntam-se aos republicanos em brigadas internacionais que crescem na luta pela defesa dos valores democráticos. Entre eles está André Malraux, e é com base na sua experiência como chefe de esquadrilha na frente republicana da Guerra Civil de Espanha que publica, em 1937, Esperança. Romance que toma partido, este é um livro amargo, relato de dor e derrota, mas também um testemunho inigualável de coragem, de companheirismo, de debate político e de um combate incansável pela liberdade. Uma das maiores obras jamais escritas sobre o drama espanhol de 1936-1939, a par de Por Quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway, ou Homenagem à Catalunha, de George Orwell, A Esperança seria adaptada ao cinema pelo próprio Malraux e premiada em 1945 com o Louis-Delluc, “o Goncourt do cinema”.»
A Eterna Demanda, romance póstumo de Pearl S. Buck, vencedora do Prémio Nobel de Literatura em 1938, foi(26 posto à venda nas livrarias, marcando assim o «nascimento» da nova chancela da 20|20 Editora, a Elsinore. Esta nova chancela irá publicar em 2015 onze títulos, seguindo-se, depois de A Eterna Demanda e de Lorde, este de João Gilberto Noll, Escravas do Poder, da jornalista mexicana Lydia Cacho (22 de junho), e Na Presença de Um Palhaço, de Andrés Barba (6 de julho).
Sobre A Eterna Demanda, lembra a Elsinore que se trata de uma obra descoberta em 2012, quarenta anos após a morte da autora, num alfarrabista no Texas. O manuscrito poderá ter sido roubado da casa de Pearl S. Buck, de Vermont, em 1973.   
Sinopse: «Randolph, um jovem norte-americano, parte em viagem pela Europa e pela Ásia numa procura incessante de experiências e sabedoria. Em Paris conhece Stephanie. Filha de pai chinês e mãe norte-americana, também ela percorre o mundo à procura do seu lugar entre duas culturas aparentemente opostas. Ao longo do tempo, numa série de encontros e desencontros, ambos descobrem que se pode conciliar experiência e sabedoria, heranças ocidentais e orientais, mas há um preço a pagar.»

NOVIDADES da Relógio D’Água para Junho

O Processo, Franz Kafka
Telex de Cuba, Rachel Kushner
. Um Homem Apaixonado: A Minha Luta 2, Karl Ove Knausgard
. O Cometa na Terra dos Mumins, Tove Jansson
. É Complicado — As vidas sociais dos adolescentes em rede, danah boyd
O Anjo Ancorado, José Cardoso Pires
O Delfim, José Cardoso Pires
Balada da Praia dos Cães, José Cardoso Pires . De Profundis, Valsa Lenta, José Cardoso Pires
Departamento de Especulações, Jenny Offill
Um Bom Homem É Difícil de Encontrar e Outras Histórias, Flannery O'Connor
. Sobre a Desigualdade e o Futuro da Economia, Krugman, Piketty, Stiglitz
Uma Conspiração de Estúpidos (Prefácio de Nuno Markl), John Kennedy Toole
O Anjo Ancorado, José Cardoso Pires (14€)
Prefácio de Mário Cláudio

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