quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As novas Memórias de Eugénio Lisboa

Escrever sobre Eugénio Lisboa ou sobre a sua obra é um exercício de grande coragem. Não pelo temor que possa advir desse acto, mas antes pela audácia de pretender analisar a escrita deste grande escritor, o maior crítico literário da actualidade. Não o pretendo fazer. Nomear Eugénio Lisboa  decorre do enorme prazer e privilégio que me confere a condição de leitora fiel.
Eugénio Lisboa acaba de publicar o volume IV das suas Memórias,“Acta est fabula, Memórias–IV-Peregrinação:Joanesburgo.Paris.Estocolmo.Londres.(1976-1995).
Transcrevemos,  em 27 de Outubro, as últimas páginas do volume III. Eugénio Lisboa fora obrigado a escolher uma nacionalidade, por imposição de uma lei absurda.  Num adeus pungente, partia da  sua terra natal, Lourenço Marques - Moçambique, para Joanesburgo - África do Sul. As primeiras páginas do novo tomo, (volume IV) , que vamos apresentar , dão continuidade a essa sofrida  e dilacerante despedida.  
Retomar a narração prodigiosa  destas Memórias continua a fazer-nos esquecer de que estamos perante um singular registo memorialístico , mas a descobrir, com autêntico fascínio , um excepcional romance de um fôlego intenso e brilhante

“(…) Moçambique, o que estava a verificar-se era um verdadeiro vento de loucura destruidora, que varria o pobre país onde eu nascera e, em grande parte, me fizera. As patacoadas aforísticas de Mao eram repetidas e aclamadas por gente supostamente culta e com obrigação de usar, com algum cuidado, os apetrechos críticos com que uma formação universitária alegadamente os equipara. Tudo isto passava no meu espírito exausto, a caminho de Joanesburgo, na tarde e na noite de viagem, de combóio, depois da dilacerante despedida, em Lourenço Marques. A viagem foi um autêntico pesadelo. A nossa gata, a esplendorosa “Generala”, reagiu mal à dose forte de tranquilizante que o veterinário lhe administrara, isto é, reagiu ao contrário: em vez de se acalmar e dormir, quase enlouqueceu de excitação e de medo: atirou-se desesperadamente à janela, querendo fugir, trepava, dementada, por todo o lado, miando lancinantemente e não se deixando agarrar. Dava gritos atrozes, que nos trespassavam. Ao fim de algumas horas, exausta, sossegou, por fim. Chegou a Joanesburgo, exangue e completamente desidratada. Tivemos de a levar a uma clínica, onde ficou internada durante alguns dias. Felizmente,  recuperou e voltou completamente à normalidade, ficando a residir, por algumas semanas, em casa dos nossos amigos Coombs, onde tinham ficado também, durante uns meses, a Geninha e a Manucha. Eu e a Antonieta hospedámo-nos, durante pouquíssimos dias, no “hotel President”, em plena baixa de Joanesburgo. Era um hotel sumptuoso e impessoal. Mas serviu para uma terapêutica de repouso, para nos refazermos dos últimos dias tumultuosos e desgastantes de Moçambique. Fruímos então uma paz, fisicamente agradável, mas um pouco inquietante. Os últimos dois anos, em Moçambique, tinham sido anos de emoções intensas e contraditórias: exaltação, receio, decepção, medo, rejeição… Vivêramo-los com intensidade, mesmo os sentimentos negativos e as amargas desilusões. O mundo ruíra, mas, mesmo o desmoronar, fora intenso e ocupara espaço emotivo dentro de nós. A paz que agora desfrutávamos contrastava demasiado com esse viver intenso, tornando-se desmobilizadora. O descanso tornava-se uma espécie de vazio. O sossego enfim alcançado era uma espécie de morte. Começávamos a experimentar uma estranha saudade: a saudade do perigo e da ameaça… No “hotel President” foi só o tempo de tratarmos de algumas pequenas coisas (papéis, dinheiro) e logo partimos para umas necessitadas e merecidas férias na Europa. Ia ser uma viagem, desde a partida, já sem o sabor das anteriores; nessas, partia-se de casa (Lourenço Marques) e regressava-se a casa: aos familiares e amigos. Agora, partíamos de terra estranha e regressaríamos a terra estranha, sem ter a quem contar, com alegria, o que tínhamos vivido na mítica Europa. Toda a magia da viagem tinha desaparecido.
(…)
Joanesburgo ( vista aérea)
A MORTE DO PAI
                                                      
Associer à l’image paternelle l’idée quotidienne  de cadavre,
c’était quelque chose de nouveau, de déroutant   […]
Son père, cette chose inanimée…
Roger Martin du Gard,“La Mort du Père”,in Les Thibault         
O tempo foi passando mas, em Junho, começou novo sobressalto. Mais ou menos em meados deste mês, minha mãe  telefonou-me de Lourenço Marques, dizendo-me que iam enviar o meu pai, de avião, para Joanesburgo. A arteriosclerose tomara conta dele, de forma profunda, tivera um AVC e encontrava-se  suficientemente mal para ter que vir a Joanesburgo ser visto e tratado como devia ser (o estado em que se encontrava o “hospital Miguel Bombarda”, depois da precipitada, absurda e criminosa “nacionalização” dos serviços de saúde, não era compatível com o tratamento decente que o estado do meu pai requeria).
Falei, em Joanesburgo, com o Dr. Alberto Reis Costa, excelente médico, filho do meu ex-professor de Francês, no liceu, e, já no aeroporto, a Maria Antonieta organizou, à pressa, a vinda de uma ambulância, porque ninguém nos tinha prevenido de que ia ser necessária. E foi ela que a acompanhou ao hospital, na cidade. O meu pai ficou ali cerca de uma semana, com momentos de lucidez e grandes períodos de confusão. Teve visitas de amigos e familiares, nessa altura a viverem em Joanesburgo, e, por momentos, animava-se a conversar e mesmo a galhofar. O Dr. Alberto Reis Costa, que acompanhava o caso, dizia-me que o coração se encontrava muito dilatado, mas que estava optimista quanto ao resultado. Meu pai falava em partir para Portugal, o que me parecia uma boa solução, embora quase inconcebível: o meu pai adoptara África muito mais profundamente do que eu, que lá nascera e a considerava minha, não pensando, nunca, em de lá sair… Depois de um domingo, com muitas visitas e bastante conversa bem disposta, já à noite, regressámos a casa, na hengilcon Avenue. Levávamos boas esperanças, depois da conversa com o Dr. Alberto Reis Costa. Deitámo-nos, descansados, embora, no fundo, sempre um pouco apreensivos. O que iria ser a vida dos meus pais, naquele Portugal desarrumado e inquieto, uma terra em que eles nunca tinham concebido viver? Onde? A reforma permitir-lhe-ia viver com um mínimo de conforto? Como poderia eu ajudá-los? Acabei por adormecer. Mas o sono não foi longo: de madrugada, acordou-me a campainha do telefone. Quase me parou o coração: àquela hora, numa terra em que eu conhecia tão pouca gente que me telefonasse, aquele toque de campainha era ominoso. Levantei o telefone, sentindo-me esvaziar por dentro: era alguém, do hospital, a anunciar o falecimento do meu pai. Ataque cardíaco. Porque o coração estava grande demais? Era, em qualquer dos casos, para mim, a confirmação de que prosseguia a débacle: primeiro, a desagregação do nosso mundo, em Lourenço Marques, agora, o desaparecimento daquela força da natureza, que fora o meu pai. Ele estivera sempre perto, prestável, mesmo quando eu estivera ausente, em Portugal, durante mais de sete anos. Era um apoio óbvio, forte, omnipresente. Podia-se contar com ele. Estava lá, sempre. Mas afinal, quebrara, partira, cedera, não aguentara mais. O meu pai, afinal, não era imortal! Enterrámo-lo em Joanesburgo – a ele, que vivera quase toda a sua vida em Moçambique, de norte a sul, de fora para dentro… Um enterro simples, acompanhado por quase ninguém – ele, que ajudara tanta gente, uns agora mortos, outros dispersos, outros a tratarem simplesmente da sua própria sobrevivência.Em Joanesburgo, improvavelmente, ficou. No estado em que estava tudo,em Moçambique, incluindo uma burocracia sufocante, incompetente e desconfiada, não quis sujeitar o caixão e o corpo do meu pai a humilhações desnecessárias. (A propósito de burocracias, não posso deixar de contar aqui o que se segue, até para manifestar, por escrito, a minha gratidão a quem a devo. Aqui vai. Não seria, em princípio, fácil, naquela altura, em Moçambique, ao meu pai, doente, deslocar-se  a Joanesburgo. Foi então que a nossa amiga Quina, mulher do Adrião Rodrigues, pôs o seu instinto fortemente imaginativo a funcionar. Dirigiu-se a um médico amigo, o Meneses, meu contemporâneo no liceu, que dirigia ou estava na direcção do hospital, em Lourenço Marques, pedindo-lhe que fabricasse uma autorização devidamente justificada para o meu pai ir tratar-se na África do Sul. O Meneses – todos os deuses do Olimpo lhe sejam propícios! – não hesitou. Dotado de sentido de humor e tendo, provavelmente, lido Kafka, redigiu uma autorização qualquer e, a seguir, encheu-a de tudo quanto eram carimbos, que andavam por cima das secretárias. Perante o espanto da Quina, explicou: “Estes tipos ficam impressionadíssimos com os carimbos. Têm por eles um grande respeito! Quantos mais, melhor! Dão um ar de grande venerabilidade ao papel…” E foi assim que o meu pai, grande e eficiente burocrata da administração dos CTT, em Moçambique, ficou a dever a sua rápida saída de Moçambique, à Quina, ao soberbo Meneses e, sobretudo, à indiscutível omnipotência do CARIMBO! Não lhe salvou a vida mas ajudou-o a tentá-lo! Fica aqui registada a minha imorredoira gratidão à inteligência kafkiana do meu amigo e ex-colega do liceu, Meneses!) Por um equívoco relativo à hora do funeral, a nossa amiga Val, apareceu em nossa casa, com um bonito ramo de flores, já depois de termos saído para o cemitério. O ramo ficou em casa: o meu pai já não precisava dele. Não foi um enterro religioso, porque o meu pai não era crente, como o não sou eu também. Sei, como ele sabia, que tudo acaba de vez, durando apenas um pouco mais na memória dos familiares e amigos. Os não-crentes são gente humilde, em termos de eternidade. Os dias que se seguiram ao falecimento de meu pai foram dias sombrios. Pouco depois, fui a Lourenço Marques, com o fim de dar apoio a minha mãe e ver como estavam as coisas com ela, relativamente à sua anunciada ida para Portugal. À chegada ao aeroporto de Mavalane, em Lourenço Marques, deu-se uma cena curiosa. Como tinha passaporte português, fui para a fila dos estrangeiros. O moço africano que me atendeu, reconheceu o meu nome, sorriu, mas fez um ar embaraçado… “O Sr. Engenheiro não é estrangeiro… A gente não pode tratá-lo como estrangeiro…” Observei-lhe que era uma pura questão administrativa, sem grande importância… Tendo eu passaporte português, era estrangeiro para todos os efeitos. Não havia qualquer problema. Não cedeu: “Não, não podemos tratá-lo como estrangeiro…” A fila atrás de mim crescia… Acabou, em desespero, por ir falar com um superior seu, para lhe manifestar o seu desconforto, pelo facto indelicado de eu poder ser tratado como estrangeiro, enfiado numa fila que nada tinha a ver comigo. Em suma, para ele, eu era reconhecidamente moçambicano, por mais que o passaporte dissesse o contrário… O chefe dele pareceu partilhar do desconforto e acenou com a cabeça, compreendendo o embaraço. Eu, por um lado, estava comovido com tanta subtileza de sensibilidade da parte daqueles meus patrícios, por outro lado, tinha pessoas à minha espera, lá fora, e aquela ternura moçambicana estava a atrasar-me a vida. Estava, em suma, comovido e impaciente, o que era terrivelmente ingrato da minha parte. Enfim, para resolver aquilo, pedi-lhes que se não preocupassem, que eu não ficava nada ferido com o tratamento, que gostava, na mesma, de Moçambique e que um papel não significava nada. O que valia eram os sentimentos. Não adiantou nada. Estavam mesmo dispostos a não me ferirem, custasse o que custasse! Foram ambos à procura de um chefe um bocadinho mais chefe, isto é um nadinha mais acima, na hierarquia, para verem se se podia arranjar uma solução para o embaraçoso problema: não estava certo eu ser recebido na minha terra, como estrangeiro! Não se fazia! Eram estes os meus moçambicanos genuínos, aqueles com quem tinha brincado, com quem tinha convivido e trabalhado. Estavam ali, no estado puro de seres humanos, com sensibilidade e sem ronha. Do melhor que havia! Porém, ao fim de um longo conciliábulo, acabaram, com grande tristeza, por ter que se resignar. Por mais absurdo que lhes parecesse – e, a mim, também parecia – naquela terra que era minha, de nascença e de ali me ter feito, eu era estrangeiro. E lá me deram, com relutância e montes de sorrisos apologéticos, os papéis a serem preenchidos por “estrangeiros”. Estrangeiro, na minha própria terra! Realmente, doía, mas doía menos, ao ver o esforço denodado daqueles funcionários para que me não doesse nada! Havia muita gente boa, naquela boa terra moçambicana, mas, infelizmente, não era necessariamente essa que detinha, de momento, as rédeas do poder. (A burocracia é quase sempre infernal, mas torna-se praticamente insuportável, quando, em nações emergentes, se pretende reorganizar, de alto a baixo e depressa. Dizia Petrónio – o impecável “árbitro das elegâncias” do tempo de Nero – que “viria a aprender, mais tarde, na vida, que tendemos sempre a encarar uma nova situação, reorganizando… e que método maravilhoso este pode ser, de criar a ilusão de progresso, do mesmo passo que se produz ineficiência e desorganização.” Que bem que esta luva assentava ao filme que se estava a desenrolar em Moçambique…E que bem nos serve, às vezes, a leitura dos clássicos!)

Enfim, fui deixar as malas no “hotel Polana”, onde iria ficar hospedado, por três ou quatro dias e, a seguir, fui ver a minha mãe, a tia Maria e as tias (irmãs do meu pai). Encontrei-as todas bastante abatidas, porque o meu pai fora sempre um esteio muito forte da família. A morte dele deixava-as como que num buraco: sem o meu pai e sem o Tio Tropa, falecido anos antes, o barco ficava sem “homem do leme”. Felizmente, para aqueles primeiros momentos de burocracia da morte – leia-se: “papelada” – havia a ajuda da Leonette e do marido, o Vasco, este último, bastante competente, na manipulação minuciosa dos labirintos kafkianos que a burocracia lusa sempre acarinhou. Senti-me transido, naquela Lourenço Marques, subitamente tão desfigurada, a meus olhos. Passei pela casa da Massano de Amorim, onde vivera tantas emoções de tanta natureza, tantas descobertas, tantos momentos de convívio bem aceso! Tornara-se, agora, uma casa morta, desabitada, despejada, anunciando ruina. As ruas eram as mesmas, mas já não eram as mesmas: tudo me parecia parado, inanimado, caricatura triste do que tinha sido bulício, noutro tempo. O poeta, romancista e contista Ernest Dowson, representante de um decadentismo literário, ficou célebre sobretudo por um verso e a metade de outro. O verso que, melancolicamente, gostaria de aqui recordar é este: “They are not long the days of wine and roses” (o meio verso – “gone with the wind” – seria aproveitado para título do romance de Margaret Mitchell, que o cinema celebrizaria). O verso que citei exprime, de modo agudo e de grande beleza sonora, o que eu senti, nesses três ou quatro dias em que divaguei pelas ruas de Lourenço Marques: “Não duram muito os dias de vinho e rosas”. E o meio verso – “gone with the wind” – diz o resto: tudo tinha ido com o vento, após um breve, ainda que intenso fulgor. Tinha de facto sido tudo tão bom e tão breve (o título do livro de Dowson, a que o verso pertence, é: Vitae Summa Brevis). Os dias de convívio, os dias de anos e de festa, os dias de criação literária, de praia, de amor e de amizade, os dias de vinho e rosas – tudo tinha fugido tão depressa, levado por um vento desatento e indiferente! E ali estava aquela carapaça grotesca, feita de casas desabitadas, de cariz cinzento, mortiço, despido de vida… Revi alguns amigos, algumas das minhas alunas, a Maria de Lourdes Cortez, o Adrião Rodrigues. Mas já nada sabia ao mesmo, porque já nada era o mesmo. Se, ao menos, os desapossados de antes, estivessem agora a trincar o seu justo quinhão e a serem finalmente livres e felizes… Mas estaria a ser assim? Apertados naquele espartilho ideológico, de um hediondo puritanismo? Enfim, tudo flui, nada permanece, dissera-o já o velho heráclito. A minha própria vida passara já por muita mudança, alguma dela, profundamente dolorosa – como foi o caso da minha mudança, de Lourenço Marques para Lisboa, em 1947. Mas, agora, fora tudo muito brusco, muito brutal, muito desarrumador. E eu já não tinha dezassete anos, tinha feito, havia pouco, quarenta e seis e as “bases” não estavam intactas: o meu pai morrera (inconcebível) e a minha tia Maria (outro pilar) acusara, nos últimos tempos, fragilidades de saúde. Os “avisos” estavam por todo o lado. Para onde iria a minha mãe, com a pensão de viúva ainda a resgatar da infernal teia burocrática, que se assarapantava no Consulado português, em Maputo? O processo acabaria por se extraviar, entre o Maputo e Lisboa… E a tia Maria, nossa mãe sempre mais à mão, a envelhecer a olhos vistos… E o meu irmão? E as tias, sem vencimento, sem reforma e sem nada de material a que se agarrarem? (A casa do Alto Mahé, literalmente construída, pedra a pedra, degrau a degrau, pelo Tio Tropa, grande artista da madeira, que morreu pobre, fora, como tudo, “nacionalizada” – rima com “roubada” e rima com fundamento). Era o fim desordenado e feio de um mundo! De tudo isto ia congeminando, para arrumos e soluções que, não demoraria muito, haveria que tomar. E nós, numa África do Sul, no cú do mundo, e assente num vulcão, que não parava de emitir avisos… Estive, como disse, com algumas das minhas alunas de eleição, com a Maria de Lourdes, com a minha mãe e com a minha cidade, que deixara de ser minha! E regressei a Joanesburgo, desconsolado e com uma terrível sensação de perda irrecuperável.”
Eugénio Lisboa, in “ Acta est fabula, Memórias–IV-Peregrinação:Joanesburgo.Paris. Estocolmo.Londres. (1976-1995), pp. 19,20,35-41, Editora Omnia Opera, Outubro de 2014
Eugénio Lisboa tem uma longa obra publicada que foi distinguida  com diversos galardões:
Prémio da Cidade de Lisboa, 1985, pelo livro de Poesia A Matéria Intensa
Prémio Jacinto Prado Coelho ( Associação Internacional dos Críticos Literários) em 2000, pelo livro Portugaliae Monumenta Frivola
Grande Prémio de Literatura Biográfica 2012/2013, pelo livro “Acta Est Fabula – Memórias I – Lourenço Marques (1930-1947)”. Este galardão foi atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), na categoria de Biografia, Autobiografia e Diário. 
Eugénio Lisboa é Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nottingham, do Reino Unido (1988) e pela Universidade de Aveiro (2002). Foi distinguido com o grau Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Usou os pseudónimos Armando Vieira de Sá, John Land e Lapiro da Fonseca.
Em 8 de Novembro, a RDP Internacional  apresentou uma Entrevista de Germano Campos  a Eugénio Lisboa.    
Ouça a Entrevista  AQUI

Alguns Livros de ensaios,  recensões  e poesia  de Eugénio Lisboa para além de "Acta Est Fabula - Memórias":
José Régio, Antologia, bibliografia, introdução e notas,Livraria Martins, 1957, Porto
Crónica dos Anos da Peste – I e II (1973, 1975),Livraria Académica-Lourenço Marques
Versos e Alguma Prosa de Jorge de Sena, antologia e introdução,Arcádia e Moraes,1978, Lisboa
O Segundo Modernismo em Portugal, Ensaio, ICALP,1977, Lisboa
José Régio – Uma Literatura Viva, Ensaio, ICALP, 1978, Lisboa
Poesia Portuguesa – do «Orpheu» ao Neo-Realismo,Ensaio, ICALP, 1980, Lisboa
Jorge de Sena , Antologia, introdução, antolgia crítica e bibliográfica,Presença,1984,Lisboa
Estudos sobre Jorge de Sena, selecção e introdução, Imprensa Nacional, 1984,Lisboa
As Vinte e Cinco Notas do Texto, Ensaios e recensões. Imprensa Nacional -Casa da Moeda,1988
Matéria Intensa, Poesia. Baden: Peregrinação,1985 ( 2º edição, Lisboa:Instituto Camões,1999
José Régio ou A Confissão Relutante, Ensaio, antologia e bibliografai,Rolim,1989, Lisboa.
O Objecto Celebrado , Ensaios e estudos. Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra,1999
Portugaliae Monumenta Frivola, Ensaios e Crónicas, Universitária, 2000, Lisboa
O Ilimitável Oceano, Poesia, Quasi, 2001, Vila Nova de Famalicão
O Essencial sobre José Régio, Ensaio,Imprensa Nacional, 2001, Lisboa
No Eça nem como uma Flor se toca- Eça visto por José Régio (organização, selecção e introdução de Eugénio Lisboa),Instituto Camões, 2002, Lisboa
Indícios de Oiro - I e II, Imprensa Nacional, 2009,Lisboa 
Ler Régio,Imprensa Nacional, 2010,Lisboa 

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