quarta-feira, 26 de junho de 2013

Património e Eventos Culturais


O diário da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, entre 1497 e 1499, foi aceite pela UNESCO e integra agora a lista dos Registos da Memória do Mundo desta instituição.
O diário, que é atribuído a Álvaro Velho, é propriedade da Biblioteca Municipal do Porto e esteve já ali exposto. É possível fazer uma leitura online destes diários através da colecção Gâmica da Biblioteca Digital da Universidade do Porto.
O reconhecimento do diário da viagem de Vasco da Gama como Registo da Memória do Mundo resultou de uma análise, juntamente com mais de 80 outras inscrições,submetida ao Comité Internacional do Programa Memória do Mundo, que está reunido até sexta-feira em Gwangju, na Coreia do Sul. A candidatura do diário terá sido entregue com a premissa de fornecer um "testemunho da viagem marítima pioneira (...), um dos documentos decisivos que mudaram o curso da história". Para além do recente reconhecimento do diário de Vasco da Gama, outros três documentos portugueses, que fazem parte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), já integravam o Registo Memória do Mundo. São estes a carta de Pêro Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel I sobre a chegada ao Brasil (Terra de Vera Cruz, Brasil, 1 de maio de 1500), o Tratado de Tordesillas (na versão castelhana), de 7 de Junho de 1494, assim como um conjunto de 83.212 documentos, que datam de 1161 a 1699, que visam, segundo o ANTT, a "informação e esclarecimento sobre as relações entre os europeus, sobretudo as dos portugueses com os povos africanos, asiático e latino-americanos.
Entre as 54 candidaturas agora reconhecidas pelo comité constam os escritos de juventude de Che Guevara e os arquivos do arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer. "DN
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28 de Junho | 19h00 | Casa da América Latina | Entrada livre
O cantautor de música folclórica argentino César Isella, uma das figuras do Movimento do Novo Cancioneiro e autor de Canción con todos, considerada o hino da América Latina, desloca-se à Casa da América Latina no dia 28 de Junho para um concerto de tributo aos principais compositores argentinos.
Na sua longa carreira musical, César Isella cantou em dezenas de países de todo o mundo, especialmente da América Latina, e compôs músicas para textos dos maiores poetas da região, entre os quais Pablo Neruda, Nicolás Guillén, Armando Tejada Gómez, César Vallejo, Manuel J. Castilla e José Pedroni. Foi membro proeminente do Movimento do Novo Cancioneiro, iniciado por Tejada Gómez, Mercedes Sosa e Oscar Matus, entre outros artistas.
Em 1969 compôs a música Canción con todos, escrita por Tejada Gómez. O tema foi designado pela UNESCO como o hino da América Latina e traduzido para trinta idiomas. O álbum Canción con todos, que publicou em 1993 com apoio da UNESCO, conta com interpretações da música por Joan Manuel Serrat, Silvio Rodríguez, Pablo Milanés, Manuel Mijares, Astor Piazzolla, Osvaldo Pugliese e Guadalupe Pineda, entre outros artistas de renome.
Ouça aqui a 'Canción con Todos'
Compôs também outras canções destacadas, como Fuego de Animaná, Canción de las simples cosas, Canción de lejos, Canción para despertar a un negrito, Canción de la ternura e La patria dividida.

O concerto de Isella na Casa da América Latina deverá ter o seguinte alinhamento:
- Vidala para mi sombra (Julio Espinosa)
- El Amor te dejo (candombito; Teresa Parodi e César Isella)
- La Volvedora (zamba; Eduardo Falu e Manuel J. Castilla)
- Canción de las simples cosas (Tejada Gómez e César Isella)
- Augusto (cueca; César Isella)
- Padre del Carnaval (zamba; Horacio Guarany e César Isella)
- La arenosa (cueca; Gustavo ‘Cuchy’ Leguizamon e Manuel J. Castilla)
- Tonada del viejo amor (Eduardo Falu e Jaime Davalos)
- Balderrama (zamba; Manuel J. Castilla e Gustavo ‘Cuchy’ Leguizamon)
- Noticia para viajeros (canção; Julio Cortázar e César Isella)
- La niña (zamba; Eduardo Falu e César Perdiguero)
- Soneto 93 (canção; César Isella e Pablo Neruda)
- Fuego en Anymana (huayño; Tejada Gómez e César Isella)
- Canción con todos (César Isella e Tejada Gómez)
A Cinemateca Próximo Futuro começa no dia 24 com a estreia mundial do filme Cadjigue, de Sana Na N’Hada. No dia 25, será exibida uma trilogia de ensaios cinematográficos de Filipa César e o documentário Sem flash: homenagem a Ricardo Rangel, de Bruno Z’Graggen
Todos os filmes são exibidos a partir das 22h, no Anfiteatro ao ar livre, com legendas em português, até 4 de Julho.
>> Ver programa

O teatro regressa este ano com Velório Chileno (na foto), de Cristián Plana, no Teatro do Bairro a 5 e 6 de Julho.
Antes, haverá dança no Teatro São Luiz com o Tempo e Espaço: Os Solos da Marrabenta (23 e 24 de Junho) e Orobroy, Stop! e Smile if You Can (29 e 30 de Junho . A 29 de Junho, a peça Outra Hora da Estrela apresenta a visão de Eucanaã Ferraz sobre Clarice Lispector. A 5 Julho, Uma história à margem e a 7 de Julho, a estreia de África Fantasma II encerram a programação.
>> Ver agenda


Dois concertos completam a programação deste ano.
No dia 28 Junho, às 22h, vão estar no anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian  os Jagwa Music – as maiores estrelas do mchiriku, grande fenómeno musical da Tanzânia nos últimos anos.
No dia 7 Julho, às 19h, os Konkoma juntam músicos do Gana e do Reino Unido que misturam afro-funk, jazz, soul e ritmos tradicionais africanos.
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