domingo, 27 de maio de 2012

Ao Domingo Há Música



A Música
A música p'ra mim tem seduções de oceano!
Quantas vezes procuro navegar,
Sobre um dorso brumoso, a vela a todo o pano,
Minha pálida estrela a demandar!

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal", Ed. Relógio D´Água

A Música é sempre Música: seduz, enleva, distrai, transcende, emociona, incendeia, apazigua e, por vezes, muda o Homem.
Neste último Domingo de Maio, apresentam-se três grandes êxitos interpretados respectivamente pelos Foreigner, por Bryan Adams e pelos U2 , na esperança de que os sons escolhidos possam avivar na memória o prazer que provocaram quando foram ouvidos pela primeira vez.


1 comentário:

  1. Música! Música "forever"... É "toujours" agradável!...
    Charles Baudelaire, um dos poetas do tédio, da mortificante nostalgia que atormentou outros grandes poetas na mesma época, "irmãos" na corrente literária que os envolveu e em que alguns críticos posteriormente os classificaram em termos académicos. Poeta do tédio enfastiante, de um amorfismo de vida sincopado, de um azulíneo poente de recalcamnetos vadios, toldado por nuvens depressivas de ansiedade, e de mais tédio ainda, mais tédio à mistura com sentimento. Pálidos julgando-se sedutores, imóveis num estar dissolvido em desfiados prantos interiores, inconsoláveis mágoas antecipadamente "forjadas", porque a época era tendenciosamnte húmida e dormente. Charles!... Aquele bater de asas, jogando-se ao voo, aquele "désir", muito sem saber porquê e para quê. Tudo se esfumava naquelas almas de melancolia... Quantas "estrelas pálidas a demandar", a demandar o icognoscível?...

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