quinta-feira, 5 de maio de 2011

A ajuda financeira a Portugal na Imprensa estrangeira

"Entre os jornais britânicos, o diário "The Times" cita o primeiro-ministro dizendo que este “é um bom acordo” para o país, mas também que “não existem programas de assistência financeira que não sejam exigentes”. Enumerando algumas das condições, salienta que o pior estará nos detalhes do acordo que faltam ser conhecidos.
O "Daily Telegraph" refere que “será dado mais tempo a Portugal para alcançar as suas metas orçamentais do que antes se esperava”. Mas também recorda que o acordo “precisará de um apoio transversal aos partidos” por causa da demissão do governo e que o vencedor das eleições de 5 de Junho terá de implementá-lo.
O "Guardian" refere igualmente que os partidos da oposição têm de aceitar este pacote e que nenhum, segundo as sondagens, conseguirá ganhar uma maioria absoluta nas eleições de 5 de Junho.
O "Financial Times" lembra que Portugal estava sob pressão para chegar a um acordo para que recebesse fundos até 15 de Junho, data de pagamento de obrigações do Estado e respectivos juros, no valor de sete mil milhões de euros.
Em França, o "Le Monde" noticia que Portugal concluiu o acordo com a EU e o FMI para a ajuda financeira e acrescenta que Portugal vai ter um financiamento de 78 mil milhões de euros em três anos.
O "Libération" também refere o mesmo montante de 78 mil milhões e frisa que a redução do défice poderá ser feita de modo mais gradual do que estava previsto.
Também o "Nouvel Observateur" fala do acordo português com a troika, titulando o montante de 78 mil milhões e chamando a notícia à homepage do site da publicação, citando o “primeiro-ministro demissionário José Sócrates”: “O Governo conseguiu negociar um bom acordo”.
Já na Alemanha, o" Frankfurter Allgemeine" titula na sua edição online que “Já há Pacote de ajuda a Portugal”. O mesmo matutino dedicado aos negócios refere ainda que, segundo Sócrates, não haverá cortes nas pensões de reforma superiores a 600 euros, nem no décimo terceiro mês e subsídio de férias.
O "Frankfurter Allgemeine" diz ainda que, entretanto, há quem se interrogue sobre o facto de Portugal possuir reservas de ouro, no valor de 12 mil milhões de euros, e não as vender para pagar a dívida soberana.
A notícia acrescenta, porém, que não seria possível obter rapidamente a verba correspondente às 382 toneladas de ouro, e que, mesmo que fosse possível, a soma é apenas uma pequena parte da ajuda de que o país precisa.
Em Itália o "La Reppublica" fala da incógnita que é agora a Finlândia numa decisão final para a ajuda e diz que o primeiro-ministro garante que o Estado não terá de vender a Caixa Geral de
Depósitos nem mais cortes nos salários da função pública.
Também no seu site o "Corriere della Sera" fala do acordo alcançado e da incógnita finlandesa, acrescentando que Bruxelas esta optimista e acredita no sim da Finlândia a este pacote de ajuda a Portugal." in Jornal Público

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