segunda-feira, 14 de março de 2011

A tragédia no Japão


O pavor de Hiroshima paira de novo sobre o Japão. É a ameaça nuclear que volta sobre um país que guarda marcas e feridas  de um memorial de guerra. O homem cria, inventa e pensa que domina a ciência , mas a fiabilidade dos seus engenhos não é plena. E o perigo ronda quando a natureza toma as rédeas da vida. A construção de centrais nucleares tem sido sempre uma decisão que provoca grande polémica e , por isso, rejeitada em muitos países tal como Portugal. Que o Japão vitimado pela fúria do sismo seguido de um brutal tsunami se confronte novamente  com o horror de um nível elevadíssimo de radioactividade nos seus ares é por demais violento para a sua população. Esperemos que a natureza corrija os danos que provocou e não haja mais sofrimento.
Entretanto, na imprensa de hoje pode-se ler:"A central nuclear mais afectada pelo terramoto do Japão registou esta madrugada uma nova explosão. O acidente gerou oito feridos. As autoridades asseguram que a estrutura do reactor está intacta.
A central Fukushima 1, tem seis reactores nucleares e está localizada a 250 quilómetros de Tóquio. No sábado registou-se uma primeira explosão no reactor 1. Esta manhã, a explosão ocorreu no reactor 3, segundo informam as agências internacionais. O reactor 2 também está inoperacional, por ter perdido as funções de refrigeração.
O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, afastou a possibilidade de se terem produzido significativas fugas de radioactividade depois da explosão. Meia hora depois do acidente, que ocorreu às duas horas da manhã de Portugal (11 horas locais), o responsável garantiu em conferência de imprensa que o nível de radioactividade a cinco quilómetros do local era semelhante ao de ontem.
Apesar disso, a Agência de Segurança Nuclear japonesa pediu aos 600 habitantes de um perímetro de vinte quilómetros que não tinham sido evacuados que permaneçam em casa.
Oficialmente, o número de vítimas do terramoto de sexta-feira ultrapassa as 1.500, às que acrescem milhares de desaparecidos. In "Jornal de Negócios"

Sem comentários:

Enviar um comentário