sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Prémios literários

"Jorge de Sena e Camões: Trinta Anos de Amor e Melancolia" de Vítor Aguiar e Silva vence outro  Prémio
O professor Vítor Aguiar e Silva venceu o Prémio Jorge de Sena, com o livro "Jorge de Sena e Camões: Trinta Anos de Amor e Melancolia".
O prémio é atribuído pelo Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com o apoio de um mecenas anónimo, e tem um montante de 5.000 euros. A cerimónia de entrega está prevista para Março.
Em 2010 este livro, publicado pela Angelus Novus, tinha sido distinguido com o Prémio Nacional de Ensaio Literário Eduardo Prado Coelho, criado pela autarquia de Famalicão.
O galardão, que foi atribuído por unanimidade, distingue uma monografia inédita, publicada ou apresentada em 2009 que aborde qualquer faceta de Jorge de Sena.
Vítor Aguiar e Silva nasceu em 1939, em Penalva do Castelo, Viseu. Estudou e ensinou na Universidade de Coimbra e foi professor catedrático da Faculdade de Letras. Em 1989 transferiu-se para a Universidade do Minho (UM) onde foi professor catedrático do Instituto de Letras e Ciências Humanas.
Na UM fundou e dirigiu o Centro de Estudos Humanísticos e a revista Diacrítica e desempenhou as funções de vice-reitor.  Tem-se dedicado especialmente ao estudo da Teoria da Literatura, domínio em que a relevância do seu ensino e da sua investigação é nacional e internacionalmente reconhecida, e da Literatura Portuguesa do Maneirismo, do Barroco e do Modernismo. Os estudos camonianos têm constituído objecto constante da sua actividade de investigador. Refiram-se os seus dois volumes de estudos camonianos: Camões: Labirintos e Fascínios (prémio de ensaio da Associação Portuguesa de Críticos Literários e da Associação Portuguesa de Escritores); A Lira Dourada e a Tuba Canora (Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus). A Universidade de Évora atribuiu-lhe o Prémio Vergílio Ferreira de 2002. Em 2007 foi-lhe atribuído o Prémio Vida Literária, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Caixa Geral de Depósitos, o mais alto galardão literário existente em Portugal
Vítor Aguiar e Silva coordenou a proposta de criação do Instituto Camões, a Comissão Nacional de Língua Portuguesa (CNALP) e foi membro do Conselho Nacional de Cultura.
Sobre a escolha do objecto de estudo do livro que venceu dois Prémios declarou numa entrevista: "As razões da escolha de Jorge de Sena  «de entre uma plêiade tão vasta de camonistas» para objecto do meu estudo têm um fundamento racional e uma raiz afectiva e autobiográfica. Sena foi o camonista do século XX que mais ampla e aprofundadamente estudou Camões, desde o plano filológico, histórico-literário e comparatista até ao plano hermenêutico e filosófico–doutrinário, com uma preparação teórica e metodológica de rigoroso scholar. A raiz afectiva e autobiográfica tem a ver com a minha memória universitária: quando, na década de sessenta do século XX, elaborei a minha tese de doutoramento, foi com Sena que aprendi a «ler» Camões e a poesia portuguesa do seu tempo sob o signo do Maneirismo, rompendo com tradições e esquemas historiográfico-literários dominantes na Universidade portuguesa (Camões como símbolo maior do «Classicismo renascentista» é não só a expressão da visão histórica do Renascimento forjada por Burckhardt e por Michelet como também um dos grandes mitos do nacionalismo lusitano).Editora/Sol/Lusa


Maria Alzira Seixo recebe Prémio Vergílio Ferreira
Maria Alzira Seixo foi o nome escolhido para a atribuição do Prémio Vergílio Ferreira 2011. Ensaísta, crítica literária e professora catedrática, Maria Alzira Seixo é especialista em Literatura Francesa, Comparada e Portuguesa. A cerimónia de entrega do Prémio decorre a 1 de Março, data da morte de Vergílio Ferreira, pelas 18h30, na Sala dos Actos da Universidade de Évora.
Maria Alzira Seixo tem uma vasta bibliografia publicada da qual se destaca o livro, editado em 1968, "Para o Estudo da Expressão do Tempo no Romance Português Contemporâneo", tendo-se seguido "Discursos do Texto" de 1977, "O Essencial sobre José Saramago" de 1987, "Lugares da ficção em José Saramago. O essencial e outros ensaios" de 1999 e "Os romances de António Lobo Antunes; análise, interpretação, resumos e guiões de leitura" de 2002, entre outros. É especialista do romance português contemporâneo e, em especial, da ficção de António Lobo Antunes, tendo publicado em 2010 "As flores do Inferno e Jardins Suspensos", um estudo aprofundado sobre os romances de António Lobo Antunes.
Maria Alzira Seixo colaborou com a Universidade de Évora, tendo sido patrono de José Saramago, aquando da atribuição do Doutoramento honoris causa ao escritor na Universidade de Évora em 1999, e coordenou pedagógica e cientificamente a Literatura Francesa na Universidade de Évora até meados da década de 90.
Impulsionou e presidiu à Associação Portuguesa de Literatura comparada e à Federação Internacional de Línguas e Literaturas Modernas.
O nome de Maria Alzira Seixo foi reconhecido de forma unânime pelo júri, presidido pelo Prof. José Alberto Machado, da Universidade de Évora e composto pelo Presidente do Departamento de Linguística e Literaturas, Prof. Fernando Gomes, pela Prof.ª Fernanda Irene Fonseca, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, pela Prof.ª Paula Morão, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pelo poeta e critico literário Dr. Liberto Cruz.
O prémio Vergílio Ferreira foi criado em 1997 com o objectivo de homenagear o escritor que lhe dá o nome, Vergílio Ferreira, e premiar o conjunto da obra de escritores portugueses relevantes no âmbito da narrativa e do ensaio. Atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa e, em 1998, a Maria Judite de Carvalho que, a título póstumo, recebeu esta homenagem da Universidade de Évora, seguida de:
  • Mia Couto em 1999
  • Almeida Faria em 2000
  • Eduardo Lourenço em 2001
  • Óscar Lopes em 2002
  • Vítor Aguiar e Silva em 2003
  • Agustina Bessa-Luís em 2004
  • Manuel Gusmão em 2005
  • Fernando Guimarães em 2006
  • Vasco Graça Moura em 2007
  • Mário Cláudio em 2008
  • Mário de Carvalho em 2009
  • Luísa Dacosta em 2010
Sofia Ascenso | UELINE

“Coisas que Nunca Aconteceriam em Tóquio” venceu o Prémio Europeu

O romance “Coisas que Nunca Aconteceriam em Tóquio”, do escritor espanhol Alberto Torres Blandina, que acaba de ser publicado em Portugal pela Quetzal, venceu o Prémio Europeu da Mediateca de Bussy Saint-George.
Trata-se de um prémio recentemente criado, em que são os leitores a eleger o seu romance europeu preferido de entre seis obras selecionadas. Este ano, “A Viagem do Elefante”, de José Saramago, contava-se entre os finalistas. Traduzido por Francisco Guedes, “Coisas que Nunca Aconteceriam em Tóquio” conta a história de Salvador Fuensanta, um empregado de limpeza de um aeroporto que está prestes a reformar-se e que desenvolveu, ao longo dos mais de 20 anos em que trabalhou naquele lugar tão impessoal, a capacidade de modelar a realidade, reinventando histórias e julgando adivinhar as vidas dos passageiros anónimos. Notícia no Diário de Notícias.

3 comentários:

  1. Muito aprendi com o conteúdo lançado hoje no Blog. É sempre um prazer acompanhar diariamente o que vai colocando e verificar que os temas escolhidos são diversificados e sempre interessantes (pelo menos para mim). Continue !

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  2. eu pedi Irene Lisboa -.-

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