terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Morreu Jaime Salinas, nome maior do mundo editorial espanhol

Faleceu  o editor espanhol Jaime Salinas(1926-2011) , filho do poeta Pedro Salinas(1891-1951). Jaime Salinas   passava meses retirado  numa pequena povoação de pescadores da Islândia  desde há várias décadas , acompanhado do seu grande amigo escritor islandês , Gudbergur Bergsson  . Foi um dos editores mais inovadores da Espanha moderna. Começou na Editorial catalã Seix y Barral em  1954, como responsável pelas secções  literárias, sob a  direcção  de Carlos Barral.  Uma das facetas que o fez destacar como editor foi   a sua  formação cosmopolita, o seu  excelente domínio de línguas, especialmente o francês e o  inglês, e a  sua enorme curiosidade  pelas  novas tendências literárias mundiais. Foi o promotor do  famoso Prémio Formentor, iniciativa fundamental no lançamento de uma nova literatura tanto em Espanha como em vários países europeus, desde 1961 . Em Barcelona, Salinas  promoveu um  imenso rol de novos autores espanhois  e hispanoamericanos com quem estabeleceu vínculos como   amigo e editor tal como o fez com  Julio Cortazar, Mario Vargas Llosa  e muitos  dos  membros do recém  inaugurado "boom latinoamericano". A par desse labor , desenvolveu  uma  excepcional aposta para que se divulgassem em  Espanha as novidades literárias da Europa contemporânea.
Na  década de 70, foi iniciada outra etapa da vida editorial de Jaime Salinas  ao assumir a direcção da Editorial Alfaguara que guindou ao sucesso através de novas  iniciativas, entre as quais são de salientar  as colecções  de livros infantis e juvenis, que permitiram  aos espanhois mais jovens   conhecer os  melhores textos literários mundiais, escritos especificamente para esse grupo etário. Paralelamente, lança a colecção de Clássicos de Alfaguara, onde se afirma Claudio Guillén, e que permitiu contar com as melhores traduções de uma série de obras fundamentais da literatura mundial.
Salinas não procurava gratidão . Como editor, era um  habitante exigente (consigo mesmo e com os outros)   desse lugar sem limites onde vigora  a sensibilidade de quem  entrega a sua energia para que os outros  sejam felizes. Leia mais em: uno de los últimos editores clásicos

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