quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Portugal está doente



Nem sempre é útil e adequado publicar notícias sobre o mundo , sobre o país , sobre qualquer acontecimento que não provoquem espanto, indignação . Enfim, notícias   que não encerrem intrinseca ou implicitamente a semente do escândalo ou da polémica. Os orgãos de comunicação social, os  "mass-media",  têm uma política bastante selectiva na difusão noticiosa. Se o mundo é  comandado pelo capital, pelo valor dos cifrões, eles sobrevivem e alimentam-se do mesmo modo. Num mundo aguerrido , marcado por uma feroz concorrência, a sobrevivência é feita à custa do que é vendido. A maioria das actuais redacções  foi despojada do tradicional jornalista que , em parceria com outros pares, se agregava à volta do chefe de redacção. A  nova orgânica deu lugar ao digitalizado, ao informatizado e a inócuas redacções que se assemelham a  despersonalizados estúdios televisivos. Os estagiários são frequentemente a maior mão-de-obra que assegura o quotidiano destes orgãos de comunicação, impedindo assim a estabilização do  pessoal na empresa e  o respectivo desenvolvimento de uma cultura jornalística diferenciada.
Esta reflexão surge , aqui e agora, porque apesar do esforço que  se faz na pesquisa de acontecimentos surpreendentemente felizes no panorama nacional ou internacional , deparamo-nos continuadamente com más notícias, com tristes descobertas, com perigosas revelações, com catastróficos relatórios, com terríveis embustes políticos que ensombram totalmente o nosso Horizonte .
A notícia, que vos deixamos hoje,  insere-se no grupo daquelas que nos causam muita apreensão  e tristeza. Uma nova preocupação para os portugueses que foi largamente difundida : o aumento da tuberculose, indicador da  fragilidade económica que afecta muitas das  famílias de Portugal.
 "Portugal é o quinto país da União Europeia com mais casos novos de tuberculose, de acordo com o relatório "Controlo Global da Tuberculose 2010", da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado a 11 de Novembro. O documento refere que, em 2009, a taxa de incidência por cem mil habitantes era de 30 em Portugal, o que significa que apenas Estónia, Lituânia, Letónia e Bulgária tiveram mais casos da doença na União Europeia"

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