quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os culpados somos nós?


O mesmo homem , o optimista, que vai enterrando os portugueses , em nome de Portugal, apresentou-se ontem, ao país em acto solene , para anunciar "carrancudamente" o desaire da sua governação. Aparentava ou afivelava um ar imaculado de ausência de culpa, furtando-se a qualquer e vulgar expressão  contrita. Tudo o ultrapassa, apenas o dever que o obriga a castigar alguns de nós, já que na sua extraordinária mente, os culpados são todos, menos e nunca ele. Ninguém o ouviu dizer “ASSUMO “, ERREI”, “LAMENTO”, ENGANEI-ME”, “ PEÇO DESCULPA” ou tão somente “ SOU MENTIROSO”.
Aqui, estão transcritas as declarações deste  Presidente do Conselho em datas distintas, Julho de 2010 e 29 de Setembro de 2010 ao mesmo Jornal . Que arguto determinismo traduzem estas medidas que se repetem (talvez indefinidamente, sabe-se lá). Não há dúvida que um desacerto forte, rigoroso e frutuoso perpassa por este governo que tem tal  prodigioso e iluminado  chefe . Se calhar a culpa é nossa, deste povo que o elegeu e o mantém .
Que mais nos espera,  meu pobre, pobre Portugal?

In “ Jornal Expresso”, 9:51 Quarta feira, 14 de Julho de 2010
“Em entrevista ao "Financial Times", José Sócrates revelou estar confiante no futuro do país, alegando que as medidas de austeridade surtirão bom efeito.
"Desafio qualquer pessoa a mostrar-me um país que tenha sido mais reformista nos últimos cinco anos", afirma José Sócrates, reconhecendo, todavia, que Portugal ainda não está acima da média europeia em termos de padrão de vida e de competitividade.
Em declarações a um suplemento especial sobre Portugal que o "Financial Times" publica na quarta feira, o chefe do Executivo congratula-se com os cortes na Administração Pública, referindo-se à redução de 73.000 funcionários (10 por cento) entre 2005 e 2009. O governante fala também sobre o pacote de medidas para combater a crise, assegurando que as "dificuldades financeiras" que Portugal enfrenta teriam "uma impacto muito mais negativo na economia do que as medidas de austeridade" que está a aplicar.
Sócrates destaca crescimento do PIB
Na entrevista ao jornal, José Sócrates destaca igualmente que o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,1 por cento no primeiro trimestre deste ano e garante que Portugal vai fazer "tudo o que for necessário" para manter o compromisso de cortar o défice para 2 por cento do PIB em quatro anos. No aspecto laboral, e citando a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o primeiro ministro declara ao Financial Times que "Portugal tinha um dos mercados de trabalho mais rígidos do mundo desenvolvido", enquanto agora está "próximo da Alemanha e melhor do que a França".
O progresso na área da ciência é considerado pelo chefe do Governo como "absolutamente extraordinário", com o investimento público na investigação a subir de 0,7 para 1,55 por cento do PIB entre 2005 e 2008, superando a Irlanda e a Espanha, e uma média de 7,6 investigadores por cada 1000 trabalhadores. “

In“Jornal Expresso”20:10 Quarta feira,29 de Setembro de 2010
“O primeiro-ministro, José Sócrates, acabou de anunciar as medidas de austeridade que farão parte do Orçamento de 2011.
Um corte de 5% da despesa com salários dos funcionários do Estado, incluindo todas as entidades como institutos e empresas públicas, e o aumento da taxa normal do IVA em dois pontos para 23% são duas das medidas anunciadas há instantes pelo Primeiro-Ministro para o próximo ano. No caso dos salários, o objectivo é conseguir um corte de 5% na massa salarial, começando com uma descida de 3,5% para os rendimentos entre 1500 e 2000 euros e atingindo 10% para os rendimentos mais elevados.
Foram ainda anunciadas várias medidas que farão parte do Orçamento do Estado para 2011 e que deverá ser entregue na Assembleia da República até 15 de Outubro.
Do lado da despesa, destacam-se, entre outras, além da redução dos salários, o congelamento das pensões e das progressões automáticas na administração pública, o fim do abono de família extraordinário, cortes na despesa com ajudas de custo ou a redução de 20% nos gastos com rendimento social de inserção e com a frota do Estado. O objectivo é conseguir um corte na despesa de 3420 milhões de euros.
Na receita, além do IVA, o Governo vai também avançar com a introdução de limites às deduções das despesas de saúde e educação no IRS que estavam já no Programa de Estabilidade e Crescimento, a criação de um novo imposto sobre a banca e a actualização das taxas, multas e penalidades. Medidas que deverão gerar uma receita de 1700 milhões de euros.
Para este ano, o ministro das Finanças assinou ontem um despacho a congelar o investimento até final do ano e anunciou, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que aprovou aslinhas gerais do Orçamento, que algumas das medidas do Orçamento de 2011 entrarão já em vigor, como é o caso da eliminação do abono de família extraordinário.
Recorde-se que o Governo tem uma meta de défice de 7,3% do produto interno bruto (PIB) este ano e, a julgar pelos dados conhecidos até agora, as contas estão fora do pretendido. Para 2011, o objetivo é de 4,6%.”

2 comentários:

  1. Brilhante ponto de vista.Temos um incompetente que nos engana e maltrata. Para onde vamos com esta agremiação de irresponsáveis governantes?Pobre Portugal.Pobre de nós.Tem toda a razão.

    ResponderEliminar
  2. Triste sina a de Portugal com governantes deste tipo.Mentem e desmentem tudo o que afirmam ou negam. A causa publica tornou-se a causa do lucro fácil e da incompetência diplomada.

    ResponderEliminar