quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os vampiros


Para Karl Marx o capitalista é como o vampiro: "O capital é trabalho morto que, como um vampiro, vive somente de sugar o trabalho vivo e, quanto mais vive, mais trabalho suga (…) o prolongamento do dia de trabalho além dos limites do dia natural, pela noite, serve apenas como paliativo. Mal sacia a sede do vampiro por trabalho vivo (…) o contrato pelo qual o trabalhador vendeu ao capitalista a sua força de trabalho prova preto no branco, por assim dizer, de que dispôs livremente de si mesmo. Concluído o negócio, descobre-se que ele não era um 'agente livre', que o momento no qual vendeu a sua força de trabalho foi o momento no qual foi forçado a vendê-la, que de facto o vampiro não largará a presa ´enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada' ".
Citação de um texto de 1845 de Friedrich Engels.

(...)Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada

Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada

Zeca Afonso, in "Vampiros"

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