quinta-feira, 13 de maio de 2010

E agora


A crise está declarada. O Governo foi obrigado a desnudá-la. Se o fez totalmente mais tarde saberemos, mas o que importa frisar é que já lhe é impossível escondê-la. E aí está ela. Fulgurante, devassa, avassaladora lançando de novo os seus enormes tentáculos para todos nós, presas fáceis porque pobres cidadãos somos deste país à mercê de quem mais o (in)governa irresponsavelmente.
Adiada andava a palavra na campanha, no programa, nas declarações, nas entrevistas deste governo que ironicamente é socialista e pragmatica e faustosamente adoptou uma política de desgaste económico e social, conduzindo o país a uma calamitosa e profunda situação deficitária. E a carga fiscal foi largada e ataca todos aqueles que desde sempre têm alimentado a inépcia dos sucessivos governos que jamais assumem e pagam os erros que cometem e vão reiterando escandalosamente.
Agora, é vê-los quais frágeis cordeirinhos inócuos tentando ainda minimizar o desastre que provocaram justificando-o com o contágio da crise mundial e situando as medidas adoptadas como emergentes do quadro comunitário.
Ser português numa comunidade europeia antiperiférica é uma contingência que não permite erros e muito menos uma sucessão de erros e enganos.
Num tempo de muita miséria, restringir de novo o parco orçamento familiar da grande maioria dos portugueses é deveras um atentado contra a sua dignidade.

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